O britânico John Clarke, o francês Michel H. Devoret e o americano John M. Martinis venceram o Prêmio Nobel de Física nesta terça-feira(7) por suas pesquisas na área da mecânica quântica.
O trio foi premiado "pela descoberta do efeito túnel quântico macroscópico e da quantização de energia em um circuito elétrico", observou o júri.
Os laureados foram reconhecidos por experiências realizadas na década de 1980, que demonstraram que uma partícula, em escala quântica, pode atravessar diretamente uma barreira comparável a um muro. Um fenômeno conhecido como "efeito túnel".
Suas descobertas "abriram o caminho para o desenvolvimento da próxima geração de tecnologias quânticas, em particular a criptografia quântica, os computadores quânticos e os sensores quânticos", detalhou o júri.
A mecânica quântica descreve como funcionam as coisas em escalas incrivelmente pequenas, ao nível das partículas.
O prêmio de Física é o segundo Nobel da temporada, depois que o de Medicina foi concedido na segunda-feira aos cientistas americanos Mary E. Brunkow e Fred Ramsdell e ao japonês Shimon Sakaguchi. Os três foram reconhecidos por suas "descobertas sobre a tolerância imunológica periférica", anunciou o Comitê do Nobel em um comunicado.
No ano passado, o Nobel de Física foi concedido ao americano John Hopfield e ao britânico-canadense Geoffrey Hinton por seus trabalhos pioneiros sobre uma ferramenta utilizada no desenvolvimento da inteligência artificial.
A premiação continua nesta semana com o anúncio do Nobel de Química na quarta-feira, seguido pelos aguardados de Literatura na quinta-feira e da Paz na sexta. O de Economia encerrará a temporada na segunda-feira, 13 de outubro.
Concedidos desde 1901, os Prêmios Nobel honram aqueles que, nas palavras de seu criador e cientista Alfred Nobel, "proporcionaram o maior benefício à humanidade".
O vencedor do Nobel recebe um cheque de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a 5,32 milhões de reais.
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