A associação suíça Waves of Freedom denunciou, nesta terça-feira (7), o "tratamento cruel, desumano e degradante" infligido a ativistas suíços na flotilha para Gaza, que foram interceptados e detidos pelas autoridades israelenses.

"O governo israelense realizou prisões e encarceramentos ilegais e submeteu nossos cidadãos a tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, conforme definido pela Convenção Internacional contra a Tortura, tanto física quanto psicologicamente", afirmou a associação em um comunicado.

De acordo com a organização, os participantes sofreram "privação de sono, falta de acesso a água e alimentos, falta de atendimento médico e violência verbal e psicológica".

A flotilha Global Sumud tinha como objetivo romper o bloqueio israelense à Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária ao território palestino.

"Vários deles também testemunharam terem sido mantidos algemados por longas horas, sem qualquer justificativa. Alguns foram agredidos, espancados e trancados em uma jaula", disse a Waves of Freedom da Suíça, cujas alegações ecoam as denúncias feitas por outros ativistas ao retornarem de Israel.

Da mesma forma, alguns dos 49 ativistas espanhóis que integravam a flotilha também relataram maus-tratos.

"Os abusos físicos e psicológicos se repetiram ao longo destes dias. Eles nos espancaram, nos arrastaram pelo chão. Eles nos vendaram. Eles amarraram nossas mãos e pés", disse Rafael Borrego, um dos membros, no domingo, ao retornar à Espanha.

Os cerca de 50 barcos que compunham a flotilha foram abordados no litoral do Egito e da Faixa de Gaza entre 1º e 3 de outubro, ilegalmente, de acordo com os organizadores e a Anistia Internacional.

Israel, por sua vez, alega que os barcos violaram uma zona proibida.

Segundo a polícia israelense, mais de 470 pessoas a bordo dos navios da flotilha foram presas. As expulsões começaram em 2 de outubro.

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