Daniel Boycott, de Illinois, nos Estados Unidos, comprou um Tesla Model 3 2022 usado de segunda mão. Ele escolheu o carro elétrico pensando na praticidade de carregamento, por conta da rede de Superchargers da Tesla. Mas ele descobriu que o veículo estava banido da rede global de estações de carregamento rápido.

A compra foi feita em uma concessionária de carros usados no mês passado. Inicialmente, tudo parecia perfeito: o carro funcionava sem problemas durante os test drives, sem alertas ou sinais de defeitos. A situação mudou quando Boycott tentou recarregar o veículo em um Supercharger pela primeira vez — e nenhum dos carregadores funcionou.

Ao entrar em contato com a concessionária e com a Tesla, ele recebeu a informação de que o carro não tinha suporte para Supercharger e que as garantias haviam sido anuladas, porque o veículo era considerado “recuperado”.

Boycott admitiu que não havia conferido detalhadamente o relatório do veículo antes da compra. O documento indicava um pequeno acidente ocorrido antes da entrega à concessionária. Embora os danos parecessem mínimos nas fotos, um técnico da Tesla avaliou que o reparo não havia sido realizado corretamente, caracterizando o carro como danificado.

A Tesla explicou que veículos recuperados não podem se conectar à rede de Superchargers por questões de segurança, o que impede qualquer recarga rápida em viagens. "Já era ruim o suficiente onde eles sinalizaram", disse Boycott, destacando a frustração com a falta de aviso sobre o histórico do carro.

O comprador reforçou que optou pelo Tesla devido à ampla rede de estação pública, ideal para longas viagens — algo que agora se tornou praticamente impossível. Embora a empresa ofereça uma inspeção para tentar reintegrar o veículo à rede de Superchargers, o serviço custa alguns milhares de dólares, valor que Boycott não deseja pagar.

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A outra forma de carregamento é em casa, instalando um carregador, com um técnico certificado pela Tesla. Atualmente, ele continua em negociações com a concessionária, mas o carro segue sem acesso ao carregamento.

Quanto custa um Tesla?

  • Model 3: A partir de US$ 29.990;
  • Model Y: A partir de US$ 48.990;
  • Model S: A partir de US$ 78.490;
  • Model X: A partir de US$ 88.490;
  • Cybertruck: A partir de US$ 72.235.

História da Tesla

  • A Tesla foi fundada em julho de 2003 por Martin Eberhard e Marc Tarpenning em Palo Alto, Califórnia. Elon Musk se juntou à empresa em 2004, liderando a primeira rodada de investimentos e assumindo o cargo de CEO em 2008;
  • O primeiro veículo da Tesla foi o Roadster, lançado em 2008. Era um carro esportivo totalmente elétrico com autonomia de 350 km.

Principais funcionalidades

  • Autopilot: Sistema avançado de assistência ao motorista com funcionalidades de direção autônoma em determinadas condições;
  • Full Self-Driving (FSD): Pacote opcional que oferece recursos como navegação automática em rodovias, mudança automática de faixa e estacionamento automático;
  • Atualizações Over-the-Air (OTA): Atualizações de software remotas que melhoram o desempenho e adicionam novos recursos aos veículos;
  • Superchargers: Rede exclusiva de estações de carregamento rápido para veículos Tesla;
  • Design minimalista: Interior com foco em simplicidade e tecnologia, com telas sensíveis ao toque para controle de diversas funções.

A empresa chinesa ainda não atua nos EUA devido a altas tarifas, mas tem expandido sua presença na Europa, Ásia, Austrália e Brasil. Divulgação/BYD
De acordo com a plataforma Statista, mais de 570 mil unidades do Song foram vendidas globalmente, enquanto no Brasil o número chegou a 27.700, conforme dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). divulgação/BYD
A montadora alcançou a 9ª posição com o Song Plus, um modelo híbrido disponível em três versões e também comercializado no Brasil. divulgação/BYD
Outra marca conquistada pela BYD em 2024 foi entrar na lista dos 10 carros mais vendidos do mundo. divulgação/BYD
Apesar do crescimento da BYD, a Tesla ainda lidera em valor de mercado, avaliada em cerca de US$ 800 bilhões, contra US$ 157 bilhões da montadora chinesa. Tesla Fans Schweiz/Unsplash
Para 2025, a BYD projeta vender entre 5 e 6 milhões de veículos. Nos dois primeiros meses de 2025, houve um crescimento de 93%, com 623.300 unidades vendidas. Michael Förtsch/Unsplash
Quando são incluídos os carros híbridos, o número é muito maior. A BYD vendeu 4,27 milhões no último ano, aproximando-se dos números da Ford. Dan Dennis/Unsplash
Em 2024, a BYD chegou a vender quase o mesmo número de carros elétricos que a Tesla (1,76 milhão contra 1,79 milhão). wikimedia commons/creative commons/Ganesh Mohan T
O crescimento da empresa impulsionou suas ações, que subiram cerca de 51% na bolsa de Hong Kong. Tiago Ferreira/Unsplash
Além disso, a empresa disponibilizou gratuitamente sua tecnologia de assistência ao motorista, chamada "Olho de Deus", para todos os seus modelos, inclusive os de entrada. Joshua Fernandez/Unsplash
A empresa conquistou rapidamente uma posição de destaque no competitivo mercado chinês de veículos elétricos. divulgação/BYD
Quando se analisa o lucro líquido, a BYD cresceu 34% em relação ao ano anterior, atingindo 40,3 bilhões de yuans, acima da estimativa dos analistas de 39,5 bilhões de yuans. Divulgação
No mesmo período de 2024, a Tesla faturou US$ 97,7 bilhões. Divulgação/Tesla
Conhecida por seus carros elétricos e híbridos cheios de tecnologia, a BYD alcançou um faturamento de 777 bilhões de yuans (cerca de US$ 107 bilhões) até 31 de dezembro, superando as previsões de 766 bilhões de yuans. divulgação/BYD
Em 2024, a montadora chinesa BYD ultrapassou a receita da Tesla, de Elon Musk, ao registrar vendas superiores a US$ 100 bilhões. P. L./Unsplash
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