Centenas de soldados começaram a ser mobilizados na noite de quarta-feira (8) para a área metropolitana de Chicago, logo após o presidente Donald Trump ter pedido a prisão do prefeito da cidade e do governador de Illinois por falta de cooperação na prevenção dos protestos contra as operações de imigração. 

Quase 200 soldados da Guarda Nacional do Texas e mais 300 de Illinois iniciaram operações na área, anunciou o Exército na noite de quarta-feira, apesar das autoridades locais se oporem à medida e buscarem ações judiciais para impedi-la. 

"Esses soldados são usados para proteger o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e outros funcionários do governo que desempenham funções federais", afirmou no X o Comando Norte dos EUA ao anunciar a mobilização na área metropolitana e que controlará as tropas.

Chicago, a maior cidade de Illinois e a terceira maior do país, é o foco mais recente da dura estratégia de Trump contra a imigração irregular, que gerou denúncias de abusos de direitos humanos e autoritarismo, protestos e processos judiciais. 

O ICE enviou dezenas de agentes mascarados para diversas cidades governadas pelos democratas e está encarregado de realizar operações contra imigrantes em situação irregular, sob pressão das declarações inflamatórias de Trump.

A área ao redor do centro de detenção do ICE, nos arredores de Chicago, é palco de protestos diários liderados por dezenas de ativistas, que tentam bloquear a saída dos veículos dos agentes. Em alguns casos, houve lançamento de pedras e garrafas. 

A oposição democrata contestou a legalidade do envio de tropas na Justiça, acusando Trump de "punir seus inimigos políticos". 

Trump já enviou soldados da Guarda Nacional para outras cidades democratas, como Los Angeles, Washington e Memphis (sul), sempre contra a orientação das autoridades locais.

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