O fenômeno climático La Niña está de volta, embora as previsões indiquem que será mais fraco, o que limitará o resfriamento do planeta e o aumento da força dos furacões no oceano Atlântico, informou a agência meteorológica dos Estados Unidos nesta quinta-feira (9).

Este evento, caracterizado pela queda da temperatura das águas superficiais do centro e leste das latitudes próximas ao Equador no Pacífico, tem o seu oposto no El Niño. Estes dois fenômenos moldam as condições climáticas do mundo com fases neutras intermediárias.

Devido a mudanças, à variação da velocidade e à direção do vento nas camadas altas da atmosfera, La Niña pode provocar mais furacões no Atlântico do que no Pacífico.

Após um breve período de condições fracas marcadas por este fenômeno entre dezembro de 2024 e março deste ano, foram registrados alguns meses de neutralidade. Mas o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS, na sigla em inglês) declarou nesta quinta-feira que La Niña havia voltado.

As condições para isso "surgiram em setembro, como indica a queda das temperaturas da superfície do mar (TSM) abaixo da média no centro e o leste do oceano Pacífico equatorial", afirmou.

A agência estima que La Niña persista durante o inverno no hemisfério norte, embora com baixa probabilidade de que "provoque os efeitos habituais de inverno".

O episódio de La Niña que se estendeu de 2020 a 2023, uma duração incomumente longa, foi o primeiro denominado "triple dip" do século XXI e o terceiro desde 1950, e intensificou as secas e as inundações.

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