A falta de combustíveis na Bolívia, que gera longas filas nas principais cidades, também está afetando a distribuição de material para o segundo turno presidencial de domingo (19), alertou à AFP uma fonte da justiça eleitoral.

Os bolivianos escolherão entre o candidato de centro-direita Rodrigo Paz e o ex-presidente de direita Jorge Tuto Quiroga.

O segundo turno ocorre no contexto da pior crise econômica enfrentada pelo país em quase quatro décadas, devido à escassez de dólares e combustíveis e uma inflação anual que supera 23%.

Os tribunais eleitorais são responsáveis pela distribuição terrestre de cédulas de voto e atas eleitorais, já que a votação ainda é manual.

"Nos preocupa a falta de fornecimento de combustível", disse à AFP a presidente do Tribunal Eleitoral Departamental de La Paz, Sonia Yujra.

Ele explicou que a falta de gasolina e diesel está "afetando a saída das comissões" e equipes logísticas com todo o material para as eleições.

La Paz é o segundo departamento mais populoso da Bolívia, depois de Santa Cruz, e possui cerca de 9.100 mesas de votação.

Yujra lembrou que a crise de combustível "é um problema a nível nacional".

"Caso não nos forneçam combustível em tempo hábil, estamos colocando em risco que as comissões (logísticas) saiam com a devida antecedência", afirmou a funcionária.

Os tribunais departamental e nacional estão realizando ações perante o poder Executivo para que possam contar com combustível.

O governo do esquerdista Luis Arce, que deixará o poder em 8 de novembro, quase esgotou os dólares das reservas para sustentar uma política universal de subsídios aos combustíveis.

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