A violência política já causou a morte de quase 300 pessoas em Bangladesh desde os distúrbios que levaram à queda da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina em agosto de 2024, alertou uma ONG neste domingo (2). 

Entre agosto de 2024 e setembro de 2025, pelo menos 281 pessoas morreram, incluindo 40 em execuções extrajudiciais e 153 vítimas de linchamentos, segundo a Odhikar, principal organização de direitos humanos do país. 

Sheikh Hasina, que governava o país desde 2009, foi forçada ao exílio na Índia após protestos estudantis que foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança. 

Segundo a ONU, pelo menos 1.400 pessoas perderam a vida nos distúrbios, a maioria civis.

Hasina, apelidada de "dama de ferro", foi acusada de violar repetidamente os direitos humanos durante seu governo, particularmente contra opositores políticos. 

Em seu julgamento à revelia em Bangladesh, a Promotoria pediu a pena de morte. 

Desde a sua queda, o país tem sido governado por um governo interino liderado pelo vencedor do Nobel da Paz, Muhammad Yunus, até as eleições legislativas marcadas para fevereiro. 

Segundo ASM Nasiruddin Elan, diretor da Odhikar, o respeito pelos direitos humanos melhorou em Bangladesh, mas a violência por parte das forças de segurança persiste e os responsáveis continuam impunes.

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