Petróleo fecha estável à espera de avanço das negociações sobre Ucrânia
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As cotações do petróleo se mantiveram estáveis nesta terça-feira (30), à espera de um avanço concreto nas negociações destinadas a pôr fim à invasão russa da Ucrânia.
O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em fevereiro, cujo último dia de cotação foi hoje, fechou estável (-0,03%), a 61,92 dólares.
Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento no mesmo mês, perdeu apenas 0,22%, para 57,95 dólares.
"O mercado retrocedeu nos últimos meses ante as esperanças de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia", explicou à AFP John Kilduff, da Again Capital.
"Mas muitas dúvidas seguem sem resposta e [o presidente russo] Vladimir Putin não parece muito tranquilizador" sobre um possível fim do conflito, acrescentou o analista.
Kiev destacou, nesta terça-feira, a ausência de provas que apoiem as acusações de Moscou sobre um ataque ucraniano com drones contra uma residência de Putin, enquanto o Kremlin advertiu que esse ataque endureceria sua postura nas negociações.
Este aumento repentino da tensão diplomática ocorreu pouco após declarações americanas e ucranianas que apontavam para avanços nos diálogos com vistas a um acordo.
No entanto, "as sanções poderiam se intensificar ainda mais contra a Rússia" e seu petróleo, segundo Kilduff, o que seria poderia sustentar os preços.
Também na esfera geopolítica, o presidente americano Donald Trump confirmou na segunda-feira que os Estados Unidos tinham destruído um cais usado por embarcações supostamente usadas pelo tráfico de drogas na Venezuela.
Há meses, os Estados Unidos exercem pressão militar no Caribe e acusam o presidente venezuelano Nicolás Maduro de liderar uma vasta rede do narcotráfico.
Maduro nega e afirma que Washington quer derrubá-lo para se apoderar do petróleo de seu país.
No entanto, "não se trata de um abastecimento significativo, razão pela qual o mercado recebe estas notícias com certa distância", opinou Kilduff.
A Venezuela tem as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, mas está longe de ser um dos produtores mais importantes.
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