A junta militar que governa Guiné-Bissau anunciou, nesta terça-feira (23), que libertou seis integrantes da oposição política que estavam detidos desde o golpe de Estado do mês passado.

Os seis libertados eram colaboradores próximos de Domingos Simões Pereira, líder do partido PAIGC, que levou o país africano à independência de Portugal em 1974.

Pereira permanece detido desde o golpe.

As libertações são um "sinal de boa-fé e um compromisso para o retorno à normalidade constitucional e o respeito ao direito internacional", afirmou o Alto Comando Militar, órgão executivo da junta, em um comunicado ao qual a AFP teve acesso.

O Exército tomou o poder em 26 de novembro ao derrubar o presidente em fim de mandato, Umaro Sissoco Embaló, após a realização de eleições presidenciais.

Ato seguido, os militares suspenderam o processo eleitoral e anunciaram que assumiriam o controle do país por um ano.

Outro candidato da oposição, Fernando Dias, buscou refúgio na embaixada da Nigéria, enquanto Embaló fugiu do país após ser detido brevemente no instante do golpe.

Guiné-Bissau já sofreu quatro golpes militares e uma longa série de tentativas de insurreição desde que conseguiu a independência.

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