O chefe da junta militar da Guiné, Mamadi Doumbouya, foi eleito presidente com 86,72% dos votos, segundo os resultados provisórios divulgados nesta terça-feira (30) pela Direção-Geral de Eleições (DGE) do país africano.

Quatro anos após um golpe de Estado que o levou ao poder e apesar de sua promessa de devolvê-lo aos civis, Doumbouya consolida com esse resultado seu domínio sem contrapesos neste país da África Ocidental.

A participação na eleição, marcada pela ausência de candidatos da oposição, alcançou 80,95%, segundo a presidente da DGE, Djénabou Touré, percentual inferior ao anunciado no domingo no fechamento das urnas.

Quatro dos oito candidatos que disputaram contra o chefe da junta reconheceram suas derrotas e parabenizaram Doumbouya nesta terça-feira por seu triunfo no primeiro turno.

O Supremo Tribunal deve proclamar os resultados definitivos.

Nas ruas da capital Conacri, o anúncio dos resultados no fim da noite não provocou reações em particular, constatou uma equipe de jornalistas da AFP.

Uma missão de observação da União Africana deu nesta terça-feira boas-vindas ao pleito, que considerou "crível", e destacou em comunicado que ele transcorreu com tranquilidade.

Também propôs examinar "a possibilidade de suspender as sanções impostas" à Guiné desde o golpe de Estado de setembro de 2021, quando o então presidente Alpha Condé foi deposto.

No entanto, a missão aponta a necessidade de "combater de forma mais eficaz o fenômeno dos sequestros e desaparecimentos de pessoas".

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