A internet foi tomada por comentários sobre o “novo” rosto da cantora Anitta após a artista aparecer com traços visivelmente diferentes em publicações recentes. A repercussão não se limitou apenas a elogios ou críticas estéticas, levantou uma discussão mais ampla sobre como a exposição digital, o uso excessivo de filtros e padrões inalcançáveis de beleza afetam a forma como enxergamos a nós mesmos e aos outros.
Anitta, que já falou abertamente sobre cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, viu seu nome entrar nos trending topics após fãs e internautas especularem sobre possíveis novas intervenções faciais. Enquanto alguns elogiaram sua aparência, muitos apontaram uma possível "padronização" de seu rosto, distante de sua imagem natural.
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A terapeuta sistêmica Michelle Areas, especialista em saúde emocional, alerta para os perigos dessa distorção da autoimagem, especialmente quando protagonizada por figuras públicas: “A forma como as pessoas enxergam seus próprios corpos e rostos está sendo moldada por imagens muitas vezes irreais. Celebridades, ao alterarem drasticamente sua aparência, seja com procedimentos ou uso de tecnologia, acabam influenciando padrões que se tornam impossíveis de alcançar para a maioria”, explica Michelle.
Ela também destaca que, embora cada pessoa tenha o direito de mudar o que quiser em sua aparência, é importante refletir sobre o que está por trás dessa decisão: “Estamos falando de autoestima, pertencimento e aceitação. A distorção de imagem acontece quando o indivíduo passa a se ver de maneira negativa ou irreal, o que pode levar a transtornos mais sérios, como a dismorfia corporal.”
Para especialistas em saúde mental, o impacto vai além dos comentários nas redes. Jovens e adolescentes, público significativo da cantora, podem internalizar essas mudanças como metas estéticas, aumentando a pressão sobre sua própria imagem.
Anitta ainda não comentou diretamente sobre as recentes críticas, mas o episódio reacende a pauta sobre qual o limite entre o autocuidado e a obsessão por um padrão, equal o papel da mídia, e do público, em perpetuar essa lógica.