Registro no INPI é um passo estratégico para empresas
Wallisson Deziderio, sócio-fundador da Billion Contabilidade, explica quais são os riscos que uma empresa enfrenta ao não registrar seu nome junto ao órgão
compartilhe
Siga noA partir de agosto de 2025, entra em vigor o reajuste nas taxas cobradas pelos serviços do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). De acordo com o instituto, o reajuste médio será de 24,1% e tem como objetivo recompor a defasagem inflacionária acumulada. Trata-se do primeiro aumento desde 2012, conforme publicado pela CNN Brasil.
Wallisson Deziderio, sócio-fundador da Billion Contabilidade, destaca que, apesar do reajuste, é preciso ter em mente que o registro de marca junto ao INPI é um passo estratégico para qualquer empresa, independentemente de seu porte ou segmento.
“O registro de marca garante à empresa o direito exclusivo de uso do nome, símbolo ou identidade visual em todo o território nacional, no segmento de atuação”, informa.
Deziderio explica que o registro protege o investimento em branding e impede que concorrentes se apropriem da identidade construída. “Para empresas de qualquer porte, essa proteção assegura um posicionamento sólido no mercado e prepara o negócio para crescer de forma segura e sustentável”, afirma.
A seguir, o especialista lista quais são os principais riscos que uma empresa enfrenta ao operar com um nome não registrado:
- Perda do direito de uso: outra empresa pode registrar a marca e obrigar a mudança do nome;
- Danos financeiros: o rebranding forçado gera altos custos com comunicação, materiais gráficos, jurídicos e perda de reputação;
- Impedimentos legais: a empresa pode ser notificada judicialmente ou extrajudicialmente e, em alguns casos, ser processada por uso indevido.
A ausência do registro impacta a exclusividade e a proteção legal do nome da empresa ou do produto. Isso porque, sem o registro, a empresa não tem nenhum direito legal sobre a marca - o que significa que qualquer outro negócio pode usar um nome igual ou semelhante, gerando confusão no mercado e podendo prejudicar o reconhecimento da marca.
“O registro é a única forma legal de assegurar exclusividade de uso e contar com proteção jurídica em casos de plágio, imitação ou concorrência desleal”, frisa.
Registro de marca influencia o valuation
O especialista da Billion Contabilidade observa que, em processos de M&A (fusão e aquisição) ou captação de investimentos, o registro de marca é um ativo intangível valioso, que compõem diretamente o valuation da empresa.
“Os investidores e compradores avaliam se a empresa possui direitos sobre sua marca, pois isso representa segurança jurídica, força de mercado e potencial de expansão. Marcas registradas transmitem estabilidade e profissionalismo, aumentando significativamente o valor percebido do negócio”, explica.
De acordo com Deziderio, é comum empresas enfrentarem disputas judiciais por uso indevido de marca. É nesse ponto que, segundo o empresário, o registro de marca serve como prova legal de propriedade, permitindo que a empresa atue contra terceiros que usem indevidamente sua identidade.
“Ele também funciona como barreira preventiva, evitando disputas e custos judiciais, que muitas vezes se arrastam por anos”, acrescenta.
INPI permite o registro de diversos elementos da identidade da marca
Deziderio ressalta que, além do nome e do logotipo, diversos elementos podem ser protegidos no INPI para fortalecer a identidade de uma marca, tais como:
- Slogans;
- Nomes de produtos e serviços;
- Formas tridimensionais (embalagens, frascos);
- Identidade visual específica;
- Sons característicos (marcas sonoras).
Ato de proteção, estratégia e valorização do negócio
O especialista destaca que o registro de marca contribui para a credibilidade da empresa perante clientes, fornecedores e parceiros de negócios, já que uma marca registrada transmite profissionalismo, seriedade e comprometimento com o mercado.
“Clientes enxergam a empresa como confiável e estabelecida, enquanto fornecedores e parceiros veem menor risco em se associar. Além disso, o registro demonstra que a empresa se preocupa com a legalidade, a organização e a longevidade de seu negócio”, diz.
Na visão de Deziderio, registrar uma marca não é apenas uma formalidade burocrática, mas um ato de proteção, estratégia e valorização do negócio.
“Em um mercado cada vez mais competitivo e conectado, construir uma identidade forte e protegê-la legalmente é essencial para garantir crescimento sustentável, evitar perdas e abrir portas para novas oportunidades de negócio. Quem negligencia esse passo pode comprometer todo o trabalho de construção de marca feito ao longo dos anos”, finaliza.
Para mais informações, basta acessar: https://www.billioncontabilidade.com.br/