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A importância da conscientização entre os jovens sobre o câncer

O médico dermatologista Fábio Gontijo explica ainda os riscos do câncer de pele, que se apresenta de maneira silenciosa e pode ser mortal

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O Dia da Campanha Educativa de Combate ao Câncer, realizado no dia 4 de agosto, visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença. Reforça a importância de exames periódicos e acompanhamento médico, o que pode aumentar as chances de sucesso no tratamento, já que, recentemente, os casos de câncer vêm atingindo uma parcela significativa de pessoas cada vez mais jovens.

Um levantamento global publicado na revista científica BMJ Oncology em 2023 mostrou que cerca de 79% dos novos casos descobertos se apresentavam em indivíduos abaixo de 50 anos, destacando que o câncer é mais agressivo nesse período e, geralmente, é descoberto em um estágio já avançado. Isso preocupa não só os especialistas como demonstra uma ausência de cuidados e prevenções que precisam ser redobrados.

“Os tipos de câncer que vêm ganhando destaque e que possuem uma maior incidência são os de colo de útero, tireoide, próstata, mama e intestino, o que já pontua um alerta, em suma entre os casos de predisposição genética, que atinge de 5 a 10% destes. O câncer de pele também requer maior atenção quanto aos sinais, pois em muitos momentos passam despercebidos pela ausência de sintomas óbvios. Por isso, é importante estar atento a qualquer mudança na pele, como pintas que mudam de cor, forma ou tamanho e feridas que não cicatrizam. O melanoma, por exemplo, é uma condição que pode ser hereditária em famílias com histórico da doença”, pontuou o dermatologista Fábio Gontijo.

De 2009 para 2020, o câncer de mama obteve uma progressão de 8% para 22% entre mulheres com menos de 40 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o que demonstra que a falta de cuidados é um efeito geracional e precisa ser levado a sério, tanto para os exames preventivos quanto para os de rotina. Além disso, há um agravante em alguns quadros de câncer de próstata, que dificultam um diagnóstico e auxiliam no avanço da doença justamente pelo preconceito e desinformação existentes em torno da comunidade masculina, que não se atenta à idade padrão de 50 anos para início da prevenção para pessoas sem histórico familiar, e 45 anos para aqueles com casos na família ou outros riscos.

O câncer interfere no corpo humano e na autoestima dos pacientes, pois assim que identificado, demanda uma série de tratamentos como a radioterapia e a quimioterapia, que, na maioria das vezes, resultam em queda de cabelo e alterações de peso. Ademais, há cirurgias e eventuais cicatrizes que podem ter um efeito profundo na autoimagem, nos relacionamentos, na saúde mental e na sexualidade.

“Hoje em dia, a medicina, apesar de enfrentar obstáculos e, infelizmente, não conseguir induzir a autoconscientização, vem trabalhando para oferecer, pelo menos, qualidade de vida a essas pessoas. A tecnologia também tem uma participação ativa e contribui para que melhorias sejam implementadas. Não faz muito tempo, mas uma plataforma chamada PROTsi utilizou a IA para realizar análises de risco desses pacientes, facilitando a identificação e a agressividade do quadro”, finalizou Fábio Gontijo.

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