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Marketing como aliado estratégico no Agosto Lilás: campanhas que multiplica

Especialistas destacam como ações de marketing bem planejadas podem transformar comunicação em proteção, com respaldo em dados da O

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Desde a sanção da Lei Maria da Penha em agosto de 2006, o mês passou a ser símbolo de conscientização e combate à violência contra as mulheres, o chamado Agosto Lilás. Em 2025, o Brasil registrou 1.492 feminicídios, média de quatro mortes diárias, com a maioria das vítimas sendo mulheres negras assassinadas em suas próprias residências, por companheiros ou ex-companheiros. Esses números alarmantes tornam ainda mais urgente estratégias de comunicação com impacto real, não apenas simbólico.

Dados da ONU apontam que cerca de 1 em cada 3 mulheres no mundo já sofreu algum tipo de violência física ou sexual ao longo da vida. A entidade declarou 2025 como o “Ano Internacional para a Eliminação da Violência Digital contra Mulheres e Meninas”, ressaltando que o ambiente online também é palco de ameaças como cyberstalking, divulgação não consentida de imagens íntimas e deepfakes. Nesse contexto, o marketing, especialmente o digital, não só divulga serviços de apoio, mas pode auxiliar na prevenção e na formação de redes de acolhimento.

Campanhas integradas, que utilizam linguagens acessíveis, regionalização de conteúdos e canais variados (TV, rádios, mídias sociais, pontos de ônibus, aplicativos, WhatsApp), têm potencial para alcançar diferentes públicos e gerar ação. O governo federal, por exemplo, lançou neste Agosto Lilás a comunicação “Não deixe chegar ao fim da linha. Ligue 180”, reforçando a utilidade da Lei Maria da Penha e promovendo o canal 180 como suporte imediato
Serviços e Informações do Brasil. O uso de storytelling, narrativas reais e depoimentos autênticos pode reforçar o engajamento, e o marketing tem instrumentos para isso.

Comunicação eficaz exige planejamento e mensuração. Importante conectar dados como taxas de feminicídio, tipos de violência mais recorrentes (física, psicológica, patrimonial etc.), e a segmentação de público-alvo (mulheres em situação de risco, zonas de maior incidência, perfis étnicos etc.). O uso de dashboards de engajamento, acesso ao canal 180, alcance geográfico e interações podem indicar se a mensagem está chegando em quem mais precisa e gerando mudança real.

“O marketing tem o poder de transformar estatísticas assustadoras em histórias que acolhem, informam e despertam ação. É uma ponte entre informação e proteção, que pode salvar vidas e salvar a lei de ser apenas um texto bonito”, explica Gabriella Vivere, jornalista e especialista em comunicação social.

Segundo Gabriella, campanhas bem estruturadas precisam combinar empatia e clareza: “Informar sobre risco sem criar alarmismo, orientar sem culpabilizar; e, sobretudo, mostrar caminhos acessíveis para denunciar e buscar ajuda.”

Em outras frentes, como o envolvimento da OAB no Agosto Lilás, campanhas que incluem formação de advogadas, interlocução com a sociedade e apoio jurídico mostra que marketing institucional também empodera. Quando integrado com políticos públicos, como debates na CDH ou iluminação simbólica de prédios, o marketing se torna visível e simbólico, e, portanto, poderoso

O marketing precisa ser mais do que cor e símbolo, deve ser voz ativa de mudança, traduzindo dados frios em ação empática. Com base em estatísticas nacionais e alertas da ONU, campanhas bem pensadas conseguem levar informação, acolhimento e mobilização às mulheres e à sociedade em geral, contribuindo para que a Lei Maria da Penha seja realmente vivida no cotidiano, e não apenas lembrada em cartazes.

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