Cotidiano

Menino esquecido em van: motorista e auxiliar são soltos

O menino deveria ser entregue pelo transporte à escola na manhã de terça-feira (14), mas foi esquecido dentro do veículo e encontrado apenas à tarde

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FOLHA PRESS - O motorista Flávio Robson Benes, de 45 anos, e a esposa Luciana Coelho Graft, de 44, que o auxilia no transporte de crianças para creche, conseguiram liberdade provisória depois de passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (15/11), em São Paulo, de acordo com o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Eles são contratados pela prefeitura para trabalhar no TEG (Transporte Escolar Gratuito).

O casal foi preso em flagrante por homicídio doloso nesta terça (14/11) depois que o menino Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, morreu, na Vila Maria, após ser esquecido dentro da van escolar.

O TJ-SP não soube confirmar se Benes e Graft apresentaram advogado.

O casal vai precisar cumprir medidas cautelares para se manter em liberdade. Eles estão proibidos de retomar o trabalho de transporte escolar de crianças e adolescentes, tiveram a habilitação suspensa e estão proibidos de ter contato com familiares da vítima. Além disso, precisam se apresentar ao juiz mensalmente e não podem sair da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia, entre outras obrigações. 

O menino foi pego em casa pelo casal por volta das 7h para ser levado à creche, mas ficou esquecido dentro do veículo em um estacionamento. Nesta terça, a capital paulista registrou mais um dia de forte calor, em que termômetros registraram temperaturas acima dos 37°C.

A criança ficou ao menos oito horas esquecida dentro da van escolar. O menino só foi encontrado por volta das 15h30 quando o motorista voltou ao veículo e o achou trancado.

A criança estava desmaiada, diz a SSP, e foi encaminhada ao hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde foi confirmada a morte.

O casal foi levado para a delegacia. Graft disse que estava com enxaqueca e mal-estar e isso pode ter comprometido sua atenção. A função da mulher é cuidar das crianças durante o transporte e fazer a checagem da lista das pessoas transportadas.

"Eu nunca pensei em passar por isso. É muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele está seguro e fui trabalhar. Sempre eu chegava e meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava. Eu nunca mais vou ver ele", disse Kaliane Rodrigues, mãe de Apollo, à TV Globo.

Foram solicitados exames junto ao IML (Instituto Médico Legal). Os laudos estão em elaboração e, assim que finalizados, serão analisados pela autoridade policial. O caso foi registrado no 73° DP (Jaçanã).

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação declarou lamentar o ocorrido e que presta apoio aos familiares. "A Diretoria Regional de Educação acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem, composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família."

Segundo a pasta, o condutor já foi descredenciado e um processo administrativo também foi aberto para apurar os fatos.

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