
PF faz operação contra grupos que fornecem milhares de armas para facções no Brasil
São cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 54 de busca e apreensão no Brasil, Paraguai e Estados Unidos
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Siga noBrasil e Paraguai fazem nesta terça-feira (5) uma operação conjunta de combate ao tráfico internacional e armas. Segundo as investigações do Grupo de Investigações Sensíveis da Polícia Federal na Bahia, uma empresa com sede em Assunção, no Paraguai, foi responsável pela importação de milhares de pistolas, fuzis e munições de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.
Depois que as armas importadas da Europa chegavam ao Paraguai, eram raspadas e repassadas a grupos intermediários na fronteira que, então, revendiam às principais facções criminosas do Brasil.
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As investigações começaram na Delegacia de Polícia em Vitória da Conquista, na Bahia, em 2020, quando dois indivíduos foram presos em flagrante com 23 pistolas de origem croata e dois fuzis com indícios de adulteração, além de munições e carregadores.
Desde que as investigações começaram, há três anos, a estimativa da PF é de que a empresa importou cerca de 43 mil armas para o Paraguai e movimentou R$ 1,2 bilhão. No mesmo período, foram realizadas 67 apreensões nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará, que totalizam 659 armas apreendidas.
A 2ª Vara Federal de Salvador expediu 25 mandados de prisões preventivas, seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão no Brasil, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Sorocaba, Praia Grande, São Bernardo do Campo, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Brasília e Belo Horizonte.
A operação é realizada pela PF na Bahia, em parceria com Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai com o Ministério Público do Paraguai. A ação contou ainda com a FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations), Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.