Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Jovem de 17 anos disparou contra o próprio peito por engano crédito: Hospital Dom Joaquim
Um adolescente de 17 anos sobreviveu depois de ser atingido por um prego disparado acidentalmente contra o próprio peito enquanto manuseava uma pistola automática. O caso aconteceu em Morro Grande, na Região Sul de Santa Catarina, e mobilizou equipes médicas em uma corrida contra o tempo para salvar a vida do jovem. Ele precisou passar por uma cirurgia de altíssimo risco, com o coração batendo.
O disparo ocorreu no dia 20 de junho, mas só foi divulgado agora. O prego, com cerca de quatro centímetros, atravessou o osso do esterno e perfurou o ventrículo direito do coração, causando uma lesão de cinco centímetros. Ederson, como foi identificado, foi levado inicialmente ao hospital de Meleiro, mas devido à gravidade do ferimento, foi transferido às pressas para o Hospital Dom Joaquim, em Sombrio, referência em cirurgias cardíacas.
Na chegada, o quadro era crítico: o adolescente apresentava tamponamento cardíaco, condição em que o acúmulo de sangue ao redor do coração impede que ele se contraia adequadamente. Mesmo assim, a cirurgia foi realizada com o coração batendo, sem o uso de circulação extracorpórea — o que aumentou consideravelmente o risco do procedimento.
Segundo os médicos, o prego por pouco não abriu completamente a câmara direita do coração. Se isso tivesse acontecido, Ederson poderia ter morrido ainda antes de receber atendimento cirúrgico. Durante a cirurgia, a equipe estava preparada para induzir parada cardíaca e iniciar a circulação extracorpórea, mas o procedimento foi concluído com o coração ativo.
Ederson foi mantido estável com medicamentos fortes, soro intravenoso e controle rigoroso da pressão arterial. Um ultrassom feito à beira do leito foi crucial para orientar as primeiras ações médicas antes da abertura do tórax.
Depois da operação, o adolescente ficou seis dias internado, sendo parte desse período na UTI. Nas primeiras 24 horas, o risco de morte ainda era elevado. Os cuidados continuaram mesmo após a saída da UTI, com monitoramento constante para evitar complicações como rompimento dos pontos ou infecções. O tórax de Ederson foi fechado com fios de aço e a recuperação exigirá atenção especial nas próximas semanas.
Ao abrir a porta ele se deparou com um macaco-prego. O animal já tinha revirado alimentos na prateleira e estava agitado com o frio. Reprodução TV Globo
O estudante disse que macacos costumam entrar na residência, que fica numa área de mata, para pegar alimentos. Mas dentro da geladeira foi a primeira vez. Reprodução TV Globo
Depois que o morador abriu a porta, o macaco saiu assustado, de forma brusca. Ele chegou a causar danos na geladeira. Reprodução TV Globo
Existem várias espécies de macaco-prego, mas a mais comum no Rio de Janeiro é o macaco-prego-preto com pelagem escura e porte robusto.
Diego Persano wikimedia commons
Esse macaco não está em risco de extinção mas enfrenta dificuldades com a fragmentação do habitat. Por outro lado há espécies que estão sob ameaça. Kenny Ross wikimedia commons
É o caso do Macaco-Prego Dourado, que habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte. E tem sido tratado por especialistas num grande esforço pela preservação da espécie. Keoma Coutinho Arquivo Keoma Coutinho ICMBio
Uma das maravilhas do Brasil é justamente a imensa quantidade de espécies de animais. Porém, algumas delas correm sérios riscos de extinção Otávio Nogueira/Wikimédia Commons
Recentemente , pássaros trinca-ferros resgatados foram soltos na floresta, após serem vítimas de tráfico (um dos males que afetam a fauna no país). Veja outros bichos que correm o risco de desaparecer. reprodução
Ararinha Azul - Espécie endêmica do norte da Bahia, sofreu com a caça e com o corte indiscriminado de árvores da caatinga e chegou a ser considerada extinta em 2020. Mas em junho de 2022 oito aves dessa espécie foram trazidas da Alemanha para reintrodução no Brasil. Divulgação ACTP ICMBio
Ararajuba - Ave verde e amarela que só existe na Amazônia e entrou na lista das ameaçadas de extinção em 2016. ICMBio
Ariranha - Mamífero do Pantanal, também é conhecida como lontra gigante e é caçada para obtenção da pele aveludada. ICMBio
Lobo-Guará - Vive em savanas do centro-oeste do Brasil. Tem sofrido com a destruição do cerrado para ampliação da agricultura. É vítima de caça, atropelamento e doenças transmitidas por cães domésticos. Rogerio Cunha de Paula ICMBio
Sapo-Folha - Espécie da Serra do Timbó, na Bahia, tem apenas 4 cm e vem sendo afetada pelo desmatamento para cultivo de cacau e banana e também para criação de áreas de pastagem. Marco Freitas ICMBio
Muriqui-do-Norte - É o maior primata das Américas, chegando a pesar 15 kg. Só é encontrado na Mata Atlântica e sofre com o desmatamento e a caça.
Mico-Leão Dourado - Há décadas sofre ameaça de extinção e os poucos que ainda existem vivem em florestas do Rio de Janeiro. Projetos de conservação têm conseguido impedir o fim da espécie, com muito esforço. ICMBio 2
Tatu-Bola - Animal da Caatinga, sua população foi reduzida em 45% em 20 anos. A caça e a degradação ao ambiente em que eles vivem são as causas do risco de extinção do animal, que vem sendo protegido por organizações não governamentais. Arquivo ICMBio
Jacaré do Papo Amarelo - Sua população tem reduzido muito nos últimos anos devido às queimadas e à poluição das águas no Pantanal. reprodução site da EMBRAPA
Boto Cor-de-Rosa - O maior golfinho de água doce vive na Amazônia e faz parte, inclusive, da cultura popular: o folclore de que se transforma em homem que atrai as mulheres. Tem sido vítima de pesca predatória. Arquivo SIbBr
Curimatã - É um dos peixes mais comuns para refeição no Brasil. Mas a pesca de rede faz com que esse animal de água doce corra risco de extinção. Divulgação CRBIO08
Tartaruga Cabeçuda - Vive na costa brasileira, principalmente no Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. Bota os ovos no litoral e, muitas vezes, os ovos são destruídos nas praias, impedindo a reprodução. Dermochelys coriacea (Fauna - Réptil) Tamar
Gato do Mato Pequeno - É menor do que os gatos domésticos: raramente passa de 50 cm de comprimento e pesa em média 2 kg. Natural do Norte e do Nordeste do Brasil, foi perdendo espaço com a ocupação de seu habitat por construções irregulares. Gustavo Pedro miraserra org br 2
Ao receber alta, Ederson se emocionou. Disse que se sente como se tivesse "nascido de novo" e que pretende valorizar mais a vida após o susto. Seu maior desejo agora é retomar os estudos, estar com a família e cuidar melhor da saúde. “Quero aproveitar cada dia como se fosse o último”, afirmou em comunicado.
As circunstâncias exatas do acidente não foram detalhadas pela família, que preferiu não dar entrevistas após o caso. A assessoria do hospital confirmou que os pais de Ederson optaram por não comentar mais sobre o ocorrido.
Acidentes com pistolas de pregos são relativamente comuns em hospitais, mas casos com perfuração cardíaca são raríssimos e apresentam taxas de mortalidade extremamente altas.