Um adolescente de 17 anos sobreviveu depois de ser atingido por um prego disparado acidentalmente contra o próprio peito enquanto manuseava uma pistola automática. O caso aconteceu em Morro Grande, na Região Sul de Santa Catarina, e mobilizou equipes médicas em uma corrida contra o tempo para salvar a vida do jovem. Ele precisou passar por uma cirurgia de altíssimo risco, com o coração batendo.

O disparo ocorreu no dia 20 de junho, mas só foi divulgado agora. O prego, com cerca de quatro centímetros, atravessou o osso do esterno e perfurou o ventrículo direito do coração, causando uma lesão de cinco centímetros. Ederson, como foi identificado, foi levado inicialmente ao hospital de Meleiro, mas devido à gravidade do ferimento, foi transferido às pressas para o Hospital Dom Joaquim, em Sombrio, referência em cirurgias cardíacas.

Na chegada, o quadro era crítico: o adolescente apresentava tamponamento cardíaco, condição em que o acúmulo de sangue ao redor do coração impede que ele se contraia adequadamente. Mesmo assim, a cirurgia foi realizada com o coração batendo, sem o uso de circulação extracorpórea — o que aumentou consideravelmente o risco do procedimento.

Segundo os médicos, o prego por pouco não abriu completamente a câmara direita do coração. Se isso tivesse acontecido, Ederson poderia ter morrido ainda antes de receber atendimento cirúrgico. Durante a cirurgia, a equipe estava preparada para induzir parada cardíaca e iniciar a circulação extracorpórea, mas o procedimento foi concluído com o coração ativo. 

Ederson foi mantido estável com medicamentos fortes, soro intravenoso e controle rigoroso da pressão arterial. Um ultrassom feito à beira do leito foi crucial para orientar as primeiras ações médicas antes da abertura do tórax.

Depois da operação, o adolescente ficou seis dias internado, sendo parte desse período na UTI. Nas primeiras 24 horas, o risco de morte ainda era elevado. Os cuidados continuaram mesmo após a saída da UTI, com monitoramento constante para evitar complicações como rompimento dos pontos ou infecções. O tórax de Ederson foi fechado com fios de aço e a recuperação exigirá atenção especial nas próximas semanas.

Gato do Mato Pequeno - É menor do que os gatos domésticos: raramente passa de 50 cm de comprimento e pesa em média 2 kg. Natural do Norte e do Nordeste do Brasil, foi perdendo espaço com a ocupação de seu habitat por construções irregulares. Gustavo Pedro miraserra org br 2
Tartaruga Cabeçuda - Vive na costa brasileira, principalmente no Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. Bota os ovos no litoral e, muitas vezes, os ovos são destruídos nas praias, impedindo a reprodução. Dermochelys coriacea (Fauna - Réptil) Tamar
Pacu - Outro peixe comum no prato dos brasileiros, é vítima de pesca em épocas inapropriadas, quando deveria ser protegido pelo defeso para garantia da reprodução. I. Omnitarian wikimedia
Curimatã - É um dos peixes mais comuns para refeição no Brasil. Mas a pesca de rede faz com que esse animal de água doce corra risco de extinção. Divulgação CRBIO08
Boto Cor-de-Rosa - O maior golfinho de água doce vive na Amazônia e faz parte, inclusive, da cultura popular: o folclore de que se transforma em homem que atrai as mulheres. Tem sido vítima de pesca predatória. Arquivo SIbBr
Jacaré do Papo Amarelo - Sua população tem reduzido muito nos últimos anos devido às queimadas e à poluição das águas no Pantanal. reprodução site da EMBRAPA
Tatu-Bola - Animal da Caatinga, sua população foi reduzida em 45% em 20 anos. A caça e a degradação ao ambiente em que eles vivem são as causas do risco de extinção do animal, que vem sendo protegido por organizações não governamentais. Arquivo ICMBio
Mico-Leão Dourado - Há décadas sofre ameaça de extinção e os poucos que ainda existem vivem em florestas do Rio de Janeiro. Projetos de conservação têm conseguido impedir o fim da espécie, com muito esforço. ICMBio 2
Muriqui-do-Norte - É o maior primata das Américas, chegando a pesar 15 kg. Só é encontrado na Mata Atlântica e sofre com o desmatamento e a caça.
Sapo-Folha - Espécie da Serra do Timbó, na Bahia, tem apenas 4 cm e vem sendo afetada pelo desmatamento para cultivo de cacau e banana e também para criação de áreas de pastagem. Marco Freitas ICMBio
Lobo-Guará - Vive em savanas do centro-oeste do Brasil. Tem sofrido com a destruição do cerrado para ampliação da agricultura. É vítima de caça, atropelamento e doenças transmitidas por cães domésticos. Rogerio Cunha de Paula ICMBio
Ariranha - Mamífero do Pantanal, também é conhecida como lontra gigante e é caçada para obtenção da pele aveludada. ICMBio
Ararajuba - Ave verde e amarela que só existe na Amazônia e entrou na lista das ameaçadas de extinção em 2016. ICMBio
Ararinha Azul - Espécie endêmica do norte da Bahia, sofreu com a caça e com o corte indiscriminado de árvores da caatinga e chegou a ser considerada extinta em 2020. Mas em junho de 2022 oito aves dessa espécie foram trazidas da Alemanha para reintrodução no Brasil. Divulgação ACTP ICMBio
Recentemente , pássaros trinca-ferros resgatados foram soltos na floresta, após serem vítimas de tráfico (um dos males que afetam a fauna no país). Veja outros bichos que correm o risco de desaparecer. reprodução
Uma das maravilhas do Brasil é justamente a imensa quantidade de espécies de animais. Porém, algumas delas correm sérios riscos de extinção Otávio Nogueira/Wikimédia Commons
É o caso do Macaco-Prego Dourado, que habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte. E tem sido tratado por especialistas num grande esforço pela preservação da espécie. Keoma Coutinho Arquivo Keoma Coutinho ICMBio
Esse macaco não está em risco de extinção mas enfrenta dificuldades com a fragmentação do habitat. Por outro lado há espécies que estão sob ameaça. Kenny Ross wikimedia commons
Existem várias espécies de macaco-prego, mas a mais comum no Rio de Janeiro é o macaco-prego-preto com pelagem escura e porte robusto. Diego Persano wikimedia commons
Depois que o morador abriu a porta, o macaco saiu assustado, de forma brusca. Ele chegou a causar danos na geladeira. Reprodução TV Globo
O estudante disse que macacos costumam entrar na residência, que fica numa área de mata, para pegar alimentos. Mas dentro da geladeira foi a primeira vez. Reprodução TV Globo
Ao abrir a porta ele se deparou com um macaco-prego. O animal já tinha revirado alimentos na prateleira e estava agitado com o frio. Reprodução TV Globo
Um estudante, morador do Jardim Botânico, na zona sul do Rio, tomou um susto ao abrir a geladeira no dia 15 de junho. Ele tinha ouvido um barulho que vinha do eletrodoméstico. Reprodução TV Globo

Ao receber alta, Ederson se emocionou. Disse que se sente como se tivesse "nascido de novo" e que pretende valorizar mais a vida após o susto. Seu maior desejo agora é retomar os estudos, estar com a família e cuidar melhor da saúde. “Quero aproveitar cada dia como se fosse o último”, afirmou em comunicado.

As circunstâncias exatas do acidente não foram detalhadas pela família, que preferiu não dar entrevistas após o caso. A assessoria do hospital confirmou que os pais de Ederson optaram por não comentar mais sobre o ocorrido.

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Acidentes com pistolas de pregos são relativamente comuns em hospitais, mas casos com perfuração cardíaca são raríssimos e apresentam taxas de mortalidade extremamente altas. 

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