INFLUENCIADOR

Investigado por exploração de menores, Hytalo Santos recebe oração

Vídeo mostra influenciador, alvo de ações na Justiça da Paraíba, chorando durante oração em igreja evangélica

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O influenciador digital Hytalo Santos, que responde a investigações por suspeita de exploração de crianças e adolescentes, foi filmando em um culto evangélico na noite dessa quarta-feira (13/8). No vídeo, ele aparece de joelhos, visivelmente emocionado, enquanto recebe uma oração conduzida por uma pastora, acompanhado por fiéis que participavam da celebração.

Veja o momento:

A gravação viralizou dias após a Justiça da Paraíba determinar a suspensão de todos os perfis do criador de conteúdo nas redes sociais, além da proibição de contato dele com adolescentes citados no processo. A decisão também prevê a interrupção da monetização das páginas.

Hytalo, que acumula mais de 25 milhões de seguidores, ficou conhecido por vídeos com crianças e adolescentes em coreografias sensuais, muitas vezes com roupas curtas. Parte dos jovens morava na mesma residência que o influenciador e aparecia em gravações com conotação sexual. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apura se houve violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As investigações começaram em 2024, após denúncias de vizinhos do condomínio onde ele vivia, em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa. De acordo com o MP, o influenciador também usava a imagem dos menores para impulsionar sorteios nas redes sociais.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do influenciador. Em nota enviada à CNN Brasil nesta quinta-feira (14/8), Hytalo negou irregularidades. Segundo ele, todo o conteúdo com menores foi produzido com autorização dos responsáveis. O caso ganhou repercussão nacional após o youtuber Felca divulgar um vídeo denunciando a "adultização" promovida pelo influenciador.

Veja a nota na íntegra: 

"Repudio categoricamente qualquer acusação de exploração de menores. Minha trajetória pessoal e profissional sempre foi guiada pelo compromisso inabalável com a proteção de crianças e adolescentes.

Esclareço que jamais me ocultei ou obstruí investigações. Estou em viagem a São Paulo há mais de um mês e permaneço, desde o início, à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, confiando que a verdade prevalecerá sobre qualquer tentativa de distorção.

Reafirmo minha integridade e indignação diante de falsas acusações. Não aceitarei que minha imagem e meu trabalho sejam manchados por narrativas infundadas, e seguirei defendendo, com firmeza, a verdade e os valores que sempre nortearam minha vida.

Todos os esclarecimentos necessários à Justiça serão prestados nos autos do processo.”

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O que diz a lei sobre pedofilia?

A pedofilia em si não é considerada crime, pois se enquadra como um quadro de psicopatologia. Por lei, são considerados crimes ou violências sexuais contra crianças e adolescentes abuso sexual, estupro, exploração sexual, exploração sexual no turismo, assédio sexual pela internet e pornografia infantil.

O que é estupro contra vulnerável?

O crime de estupro contra vulnerável está previsto no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro. O texto veda a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos.

O parágrafo 1º do mesmo artigo classifica também com vulnerável qualquer pessoa que não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, devido a enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possa se defender.

Se da consulta resulta lesão corporal de natureza grave, a pena sobe para 10 a 20 anos de reclusão. E no caso de provocar a morte da vítima, a condenação salta de 12 a 30 anos de prisão.

Como denunciar?

  • Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos

  • Em casos de emergência, ligue 190

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