No Brasil, o Dia dos Solteiros, celebrado nesta sexta-feira (15/8), tem deixado de ser visto como uma data melancólica ou irônica, marcada apenas pela ausência de um parceiro romântico. Cada vez mais, essa ocasião tem ganhado um novo simbolismo: o de exaltar a autonomia, o amor-próprio e o relacionamento mais duradouro e significativo que alguém pode ter: o relacionamento consigo mesmo.

De acordo com Renata Fornari, especialista em autoconhecimento, a data é uma oportunidade valiosa para refletir sobre a liberdade de ser quem se é, "principalmente para as mulheres, estar solteira pode ser uma escolha consciente de reconexão com a própria essência", afirma. "É um momento de desapego de antigas armaduras emocionais e de fortalecimento da autoestima", explica

Liberdade com propósito

Renata explica que muitas mulheres ainda vivem sob o peso de armaduras emocionais desenvolvidas ao longo da vida - como a da "invisível", que se apaga para agradar; a "autossuficiente", que acredita precisar carregar tudo sozinha; a "sabotadora", que teme sustentar relações saudáveis; ou a "controladora", que não consegue confiar no fluxo da vida.

"O Dia dos Solteiros é um lembrete para olhar no espelho e dizer: 'Você não precisa ser forte o tempo todo. Só precisa ser você'. Quando essas armaduras caem, surge a liberdade verdadeira, aquela que permite viver o amor de forma leve e consciente", destaca.

Autocuidado como prática diária

Para quem deseja usar a data como um ponto de partida para uma relação mais profunda consigo, Renata sugere pequenas atitudes que ajudam a nutrir esse vínculo interno:

  • Respeite seus limites e não ultrapasse o que te fere;
  • Reconecte-se com o que te faz bem e com quem você é de verdade;
  • Substitua a autocrítica pela autocompaixão;
  • Rompa com padrões, pessoas e situações que não somam à sua vida.

"Se presenteie, se leve para jantar, para um passeio, para um momento só seu. Se trate como gostaria de ser tratada por um amor. Esse gesto simbólico tem um impacto real: os relacionamentos futuros tendem a refletir a forma como você se trata hoje", aconselha.

Segundo a especialista, quando uma pessoa aprende a se valorizar e respeitar seus próprios limites, ela também passa a buscar e aceitar apenas o que faz bem. "Essa maturidade emocional atrai relações mais saudáveis, com pessoas que vibram na mesma frequência. O amor-próprio é um filtro poderoso", explica.

Estar solteira, para Renata, é muito mais do que estar sem um par: é um estado fértil de crescimento e fortalecimento pessoal. "Pode ser um tempo de cura, de redescoberta, de expansão. E também pode ser um estilo de vida. O importante é que seja uma escolha consciente, alinhada com o que faz sentido para você". 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

"Quando nos amamos incondicionalmente e deixamos para trás as amarras internas, passamos a nos relacionar com o mundo de forma muito mais leve. O amor começa dentro e se reflete fora", finaliza Renata.

*Estagiário sob supervisão da subeditora Celina Aquino

compartilhe