Um vídeo de câmera de monitoramento divulgado nesta semana mostra uma professora da escola particular Xodó da Vovó agredindo um aluno de 4 anos com uma pilha de livros dentro da sala de aula. O episódio ocorreu na segunda-feira (18) e gerou investigação imediata pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caxias do Sul.

Nas imagens, a professora aparece organizando materiais e dando ordens a um grupo de crianças. Em seguida, ela atinge a cabeça de um menino com uma pilha de livros, que começa a chorar. A educadora limpa o rosto da criança com um papel e ambos saem da sala.

Segundo os pais, a professora inicialmente afirmou que a criança teria se machucado após uma queda no banheiro. Preocupados com a gravidade dos ferimentos, eles levaram o menino a uma dentista, que indicou que os ferimentos não condiziam com a versão apresentada pela educadora. Diante da desconfiança, os pais solicitaram as imagens das câmeras de segurança, que confirmaram a agressão. 

A escola informou que a professora foi imediatamente afastada e que as autoridades policiais foram comunicadas. De acordo com a direção da escola, "a família da criança está recebendo todo o apoio necessário".

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso como lesão corporal, que é caracterizada quando alguém provoca dano físico a outra pessoa. Como a vítima tem menos de 5 anos, a lei prevê pena até 14 anos de prisão. A pena pode ser ainda maior se forem comprovadas agressões a outras crianças ou se houver agravantes, como crueldade ou abuso de confiança.

A delegada Thalita Andrich, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caxias do Sul,  explicou que o inquérito busca esclarecer todas as circunstâncias do caso, incluindo histórico de agressões da educadora, e determinar responsabilidades legais. Além do registro feito pelos pais, a própria escola formalizou denúncia contra a professora, colaborando com a investigação.

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O caso segue em apuração e a polícia avaliará se houve agressão a outras crianças. Enquanto isso, a instituição e os familiares acompanham o processo de perto, buscando garantir que o menino e os demais alunos tenham segurança e acolhimento adequados.

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