BEBIDAS ADULTERADAS

Perícia aponta que metanol foi adicionado a garrafas apreendidas em SP

Altas concentrações encontradas nos produtos não seriam produto de destilação natural, alertam os especialistas do Instituto de Criminalística

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo descartou que o metanol encontrado em algumas garrafas de destilados apreendidas pela Polícia Civil seja resultado da destilação natural. De acordo com a perícia, as altas concentrações identificadas indicam que a substância foi adicionada às bebidas.

"Pode-se afirmar, até o momento, e de acordo com as concentrações encontradas em dois lotes, que o metanol foi adicionado, não sendo, portanto, produto de destilação natural", disse a polícia em nota.

As autoridades não informaram a quantidade de garrafas analisadas, nem o percentual de metanol encontrado. Também não divulgaram os locais em que essas bebidas foram apreendidas -- as autoridades afirmam que a divulgação dos nomes pode atrapalhar as investigações.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse na terça-feira (7/10) que a Polícia Federal investiga se bebidas alcoólicas foram adulteradas com o metanol que teria sido abandonado após ação policial contra a infiltração do crime organizado em postos de combustível e no setor financeiro.

"Todos sabem que recentemente tivemos enorme ação de combate à infiltração de crime organizado na área de combustíveis. Muitos caminhões e tanques de metanol foram abandonados depois da operação. Essa é uma hipótese que está sendo estudada, trilhada, acalentada pela PF", disse o ministro na ocasião.

Lewandowski não mencionou a suspeita de envolvimento de uma facção criminosa específica, como o PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele disse que as apurações ainda são embrionárias e que a PF não descarta nenhuma hipótese.

Na segunda-feira (6), o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, repetiu que a polícia local descartou relação das intoxicações por metanol com o crime organizado. Ele disse que a principal linha de investigação para os casos de intoxicação por metanol é o uso de etanol de baixa qualidade na produção clandestina de bebidas.

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Na terça, o estado de São Paulo registrou 18 casos confirmados de intoxicação por metanol e descartou 38 suspeitas após análises clínicas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, há 176 notificações e 10 mortes, sendo três confirmadas e sete em investigação.

Os dados do Brasil não foram atualizados na terça. A expectativa é de que o Ministério da Saúde divulgue novo boletim nesta quarta (8).

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