10 de outubro marca o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
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O dia 10 de outubro marca o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, um momento para reforçar a conscientização sobre um problema que afeta milhões de brasileiras em seus lares, trabalhos e espaços públicos.
A data não foi escolhida ao acaso. Sua origem remonta a 1980, quando um grupo de mulheres se reuniu nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo para protestar contra o aumento dos crimes de gênero no país. O movimento ganhou força e, anos depois, a data foi oficializada como um marco na luta por direitos e segurança.
Na década de 1980, o Brasil vivia um período de intensa mobilização social em meio à abertura política. Foi nesse contexto que diversos movimentos feministas ganharam visibilidade, pautando questões que até então eram tratadas como assuntos privados ou ignoradas.
O estopim para a manifestação que deu origem à data foi uma série de crimes contra mulheres que chocaram o país. A percepção de impunidade para os agressores, muitos dos quais eram maridos ou companheiros das vítimas, uniu ativistas e cidadãs em um grito por justiça. O ato em São Paulo foi um dos primeiros grandes protestos públicos sobre o tema.
Décadas depois, o cenário ainda é desafiador. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, revelam que os casos de feminicídio e agressões continuam a registrar números alarmantes.
Reconhecer os sinais de um relacionamento abusivo é o primeiro passo para quebrar o ciclo de violência. A ajuda pode vir de amigos ou familiares, mas é fundamental saber como agir de forma segura e eficaz. A informação correta pode salvar vidas e orientar quem precisa de apoio.
A violência nem sempre é física. Muitas vezes, ela se manifesta de formas sutis, como controle financeiro, isolamento social e abuso psicológico.
A Lei Maria da Penha, principal legislação sobre o tema no Brasil, reconhece cinco formas de violência doméstica e familiar. São elas: a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Todas são consideradas crime e devem ser denunciadas.
Sinais de alerta em um relacionamento
Isolamento: o agressor tenta afastar a mulher de amigos e familiares, criticando suas companhias e criando obstáculos para que ela mantenha sua rede de apoio.
Controle excessivo: monitoramento de redes sociais, controle sobre as roupas que ela usa, com quem fala ou para onde vai. O agressor pode exigir senhas e acesso ao celular.
Ciúme patológico: desconfiança constante e acusações de infidelidade sem qualquer fundamento, transformando situações cotidianas em motivo para brigas e discussões.
Humilhação pública ou privada: críticas constantes à aparência, inteligência ou capacidade da mulher, muitas vezes na frente de outras pessoas, com o objetivo de minar sua autoestima.
Ameaças: ameaçar a vítima, seus filhos, familiares ou até mesmo animais de estimação para garantir que ela permaneça na relação e não o denuncie.
Controle financeiro: impedir a mulher de trabalhar, controlar seu salário ou tomar decisões sobre o dinheiro sem o seu consentimento, criando uma dependência financeira.
Agressão física: qualquer ato que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, como empurrões, tapas, chutes ou o uso de objetos para ferir.
Mile diz que os cãos clonados são seus "filhotes de quatro patas" e os batizou com os nomes de seus economistas prediletos: Murray (Rothbard), Milton (Friedman), Robert e Lucas (Robert Lucas).
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Após a morte de Conan, o dono teria desembolsado US$ 50 mil (R$ 242 mil na cotação atual) para a produção de quatro clones do cão nos Estados Unidos
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O misticismo de Milei teria surgido quando Conan, seu cão da raça mastim inglês, ficou doente e o atual presidente contratou um médium para traduzir os pensamentos do animal.
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Outro aspecto da vida pessoal de Milei que ganhou atenção durante o período eleitoral foi a respeito de suas supostas crenças, detalhadas na biografia escrita por González.
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Fã dos Rollings Stones, na juventude Milei integrou uma banda cover dos britânicos chamada "Everest".
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"Estava assistindo ao jogo e quando Gago entrou, claramente um ato de populismo, torci para o River. Não quero torcer para um time que toma decisões populistas. Já basta viver em um país populista. Para mim, [Gago] foi um péssimo jogador, uma das maiores mentiras do futebol argentino. Assim, me tornei anti-Boca", afirmou, em referência a substituição ocorrida durante a final da Copa Libertadores de 2019, entre Boca Juniors e River Plate, disputada em Madri.
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Em 2018, Milei deixou de torcer para o seu clube de infância, o Boca Juniors, e "virou casaca" para o maior rival do clube, o River Plate, alegando "medidas populistas"
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Durante a campanha, adversários resgataram postagem de Milei em redes sociais nas quais o político debochava de Maradona chamando o ídolo argentino, morto em 2019, de "Maradroga".
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O presidente argentino não se profissionalizou nos gramados, mas já se envolveu em polêmicas futebolísticas.
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"Atirava-se em todas as bolas. Era um maluco debaixo das traves. Podia dar certo ou errado, mas, sinceramente, não me lembro de ter falhado ou de termos perdido um jogo por causa dele", declarou Eduardo Perico Pérez, ex-companheiro de Milei no Chacarita, ao Infobae, site argentino.
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Milei foi goleiro nas categorias de base do Chacarita Juniors, clube do bairro de Chacarita onde atuou também o atacante Germán Cano, do Fluminense.
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Na biografia, lançada às vésperas da campanha eleitoral, o jornalista diz que Milei era alvo de bullying na escola devido ao seu comportamento e estilo.
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De acordo com o jornalista Juan Luis González, autor da biografia não autorizada de Milei, o presidente eleito recebeu na adolescência o apelido de "El Loco" (O Louco) de colegas da escola de Villa Devoto, no subúrbio de Buenos Aires. A alcunha, inclusive, da título ao livro de González.
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Karina, chamada por Milei de "A Chefe", coordenou a campanha do irmão e faz leituras de tarô com indicações de como ele deve proceder e em quem confiar.
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De acordo com o jornal argentino La Nación, Javier Milei tem como conselheira mais influente a irmã Karina.
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente brasileiro, atuou intensivamente na eleição argentina. O parlamentar brasileiro viajou até Buenos Aires para acompanhar o pleito de perto.
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Alinhado ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que chegou a postar vídeo de apoio ao candidato durante a eleição, Milei defende o livre acesso às armas por parte da população.
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Na campanha eleitoral, o ultraliberal investiu no discurso de combate à "casta política", representada por políticos e empresários vinculados ao estado.
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Nascido em Palermo, bairro nobre de Buenos Aires, o presidente da República Argentina prega o anarcocapitalismo, corrente ideológica ultraliberal que defende o fim do estado, com privatizações e livre mercado em todas as esferas.
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O ultraliberal Milei, de 54 anos, é economista formado pela Universidade de Belgrano, em Buenos Aires. Ele tornou-se conhecido nacionalmente por participações em talk-shows, além de ter criado um programa chamado "Derrubando Mitos". Com a popularidade conquistada, elegeu-se deputado federal em 2021.
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Javier Gerardo Milei foi eleito presidente da Argentina no dia 19/10/2023. Ele derrotou no segundo turno o candidato governista Sérgio Massa, ex-ministro da Economia.
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O feminicídio foi incluído no Código Penal argentino como agravante de homicídio em 2012, em reação ao crescente número de mulheres assassinadas no país por motivos de gênero. “Vamos eliminar o termo feminicídio do Código Penal Argentino. Porque este governo defende a igualdade perante a lei consagrada na nossa Constituição Nacional. Nenhuma vida vale mais que outra”, escreveu nas redes sociais o ministro da Justiça da Argentina, Mariano Cúneo Libarol.
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Além disso, Milei, que se autodenomina anarcocapitalista, sinaliza retirar a Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS), em outro alinhamento com Trump, e retirar o feminício do Código Penal argentino.
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Quando candidato à presidência argentina, Milei mostrou-se negacionista em relação às mudanças climáticas, que já chegou a definir como "farsas da esquerda".
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O governo de Javier Milei, na Argentina, estuda retirar o país do Acordo de Paris, seguindo a diretriz adotada por Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos. O tratado global para combater as mudanças climáticas está em vigor desde 2016.
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O que fazer para oferecer ajuda
Escute sem julgar: ofereça um ombro amigo e um espaço seguro para que a vítima possa desabafar. Evite frases como "por que você não o larga?" e valide seus sentimentos.
Ofereça apoio prático: ajude com tarefas do dia a dia, como cuidar dos filhos por algumas horas, ou ofereça um lugar seguro para ela ficar temporariamente, se necessário.
Informe sobre canais de denúncia: compartilhe o número do Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) e informe sobre a existência das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs).
Documente as agressões: se a vítima permitir, ajude-a a guardar provas, como fotos de lesões, capturas de tela de mensagens ameaçadoras e nomes de testemunhas.
Em caso de emergência, ligue 190: se você presenciar uma agressão ou perceber que a vida da mulher está em risco imediato, acione a Polícia Militar.
Onde uma mulher pode buscar ajuda?
O canal mais conhecido é o Ligue 180, que oferece escuta e orientação de forma gratuita 24 horas por dia. A denúncia é segura e pode ser feita de forma anônima.