A universitária Ana Paula Veloso Fernandes, denunciada por quatro homicídios cometidos por envenenamento, foi transferida para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Conhecida por abrigar criminosos de grande repercussão, a unidade é chamada de "presídio dos famosos".

Onde estão as irmãs investigadas?

A irmã gêmea de Ana Paula, Roberta Cristina Veloso Fernandes, também investigada e apelidada de "serial killer", foi levada para uma penitenciária na zona norte da capital, em Santana. A SAP não informou a data da chegada de Ana a Tremembé.

Entre os presos que já passaram pela unidade estão Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Alexandre Nardoni e Roger Abdelmassih — o local, inclusive, inspirou produções audiovisuais.

Como está a acusada?

O advogado Almir da Silva Sobral afirmou ter conversado por videoconferência com Ana após a transferência.

"Ela está assustada e, só de ver o semblante dela, percebi que a ficha caiu", disse o defensor.

Segundo ele, a cliente não confessou os homicídios, mas "relatou como ocorreram".

Foto: Reprodução/TJSP

Do que as gêmeas são acusadas?

As irmãs Ana Paula e Roberta Veloso Fernandes foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por quatro homicídios qualificados, cometidos entre janeiro e maio de 2025, em Guarulhos, São Paulo e Duque de Caxias (RJ).

Conforme o MPSP, Ana Paula seria a principal executora, enquanto Roberta cuidava do planejamento, ocultação de provas e da divisão dos lucros.

Como agiam?

Investigações do 1º DP de Guarulhos apontam que Ana Paula se aproximava das vítimas com amizade ou falso interesse afetivo e as envenenava com fosfeto de alumínio ("chumbinho"), misturado a alimentos ou bebidas.

Nos diálogos interceptados, as irmãs usavam o código "TCC" (Trabalho de Conclusão de Curso) para se referir aos assassinatos. Roberta estipulava um valor mínimo de R$ 4 mil por "TCC" e exigia pagamento em espécie.

Em um dos crimes, Ana Paula teria viajado ao Rio de Janeiro para matar Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias.

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