Sai ano, entra ano e Dias Toffoli segue recebendo pedidos de alvos da Lava Jato pela anulação dos atos da operação, em razão de irregularidades na condução das investigações. O último a entrar nessa fila foi o doleiro Fernando Bregolato, réu em uma ação penal derivada da operação.

Bregolato foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato por supostamente receber em contas na Suíça e no Uruguai 14 transferências bancárias entre janeiro de 2010 e julho de 2014. Segundo os investigadores, esses valores, que somaram US$ 519 mil, tinham origem em empresas de fachada para lavar dinheiro proveniente de corrupção na Petrobras.

Os advogados de Bregolato solicitaram a Dias Toffoli a extensão de uma decisão dele de setembro de 2024, que anulou todas as investigações e decisões da Lava Jato contra o sueco Bo Hans Vilhelm Ljungberg, réu no mesmo processo.

No pedido a Toffoli, a defesa do doleiro apresentou mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato entre si e uma conversa do ex-procurador Deltan Dallagnol com o ex-juiz Sergio Moro. Os diálogos tratavam do processo contra Bregolato. Os advogados alegaram ter havido um “conluio” no caso.

Com base nas mensagens hackeadas da Lava Jato, a ação no STF também afirmou que as delações premiadas dos lobistas Bruno e Jorge Luz, pai e filho, usadas no processo, só foram fechadas porque os procuradores decidiram prender Bruno para forçar Jorge a delatar.

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Os advogados ainda apontaram que um dos chats dos investigadores indicaria que um pendrive com provas usadas no processo foi manuseado sem o devido controle, transportado em uma sacola.

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