O trânsito no Brasil não pode mais ser sinônimo de insegurança

A segurança viária no país depende de uma mobilização que estabeleça diretrizes e coloque a questão como prioridade

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A violência do trânsito no Brasil há décadas se transformou em um problema de saúde pública. Ano após ano, o país acompanha tragédias – nas estradas ou em vias urbanas – que se transformam em estatísticas cada vez mais preocupantes.


Segundo números da Polícia Rodoviária Federal (PRF), acidentes em rodovias monitoradas pelo órgão mataram 6.160 pessoas, com 84.526 feridos em 73.156 sinistros entre janeiro e dezembro de 2024. Dados mais recentes do Ministério da Saúde, que monitora as internações e as mortes no tráfego, mostram que, em 2022, 34 mil pessoas foram a óbito. Ainda foram contabilizadas 212 mil hospitalizações, gerando um custo total de R$ 350 milhões para o setor.


Este ano, a Semana Nacional de Trânsito (SNT), com o tema “Desacelere – seu bem maior é a vida”, busca a conscientização sobre a gravidade do cenário. Nesse sentido, desde a última quinta-feira, a PRF desenvolve ações para promover maior responsabilidade ao volante.


A questão é complexa e exige uma discussão profunda por parte dos agentes públicos que seja capaz, ao mesmo tempo, de engajar a população e propagar informações, abordando a amplitude que o desafio apresenta em diversas esferas. A segurança viária, um dos pontos fundamentais nesse debate, precisa ganhar força.


Programas que visem promover o comportamento adequado de motoristas não podem sair do foco enquanto as ocorrências se mantiverem alarmantes. Além de estabelecer as regras sobre os direitos e deveres no trânsito, fazendo com que as leis sejam respeitadas, é indispensável a garantia de vias e veículos seguros. O conjunto de iniciativas, unindo cidadãos e instituições, cria uma condição favorável para que os acidentes comecem a recuar. Na esfera governamental, o processo deve partir da criação de políticas controladoras, avançando para a fiscalização e a aplicação das devidas sanções em caso de descumprimento.


O financiamento para a garantia da segurança viária também precisa ser destaque em projetos de governos e da iniciativa privada. À medida que as vias urbanas e as estradas apresentam perigo, é fundamental estabelecer uma integração em busca do compromisso principal de salvar vidas. Investimentos constantes e campanhas permanentes fazem parte do caminho a ser percorrido até a conquista de um trânsito menos agressivo.


A dor de ter um ente querido morto ou ferido gravemente em uma ocorrência de trânsito atinge diariamente inúmeras famílias pelo país. Reduzir os riscos que levam a esse sofrimento é uma obrigação do poder público. A sociedade, por sua vez, precisa adotar comportamentos adequados. A imprudência, partindo de qualquer um dos atores envolvidos, não pode mais ser naturalizada.


Assegurar um trânsito menos violento é uma meta a ser perseguida. A segurança viária no país depende de uma mobilização que estabeleça diretrizes e coloque a questão como prioridade. Por mais que às vezes pareça distante, esse ideal precisa estar no horizonte para que, no futuro, a SNT no Brasil seja motivo de celebração de conquistas e não um período para chamar a atenção dos riscos de tragédias.

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