Livros
compartilhe
Siga no
“O fotógrafo” (2ª edição)
• De Cristovão Tezza
• Record
• 238 páginas
• R$ 59,90
Um dos principais títulos da obra ficcional de Cristovão Tezza, “O fotógrafo” ganha caprichada segunda edição, com capa mais atrativa e posfácio do autor. Lançado em 2004, o romance à época venceu os prêmios Jabuti, Academia Brasileira de Letras e Bravo!. “É um romance inteiro escrito sob o signo da intimidade e foi o último que eu ainda escrevi à mão. No livro seguinte, ‘O filho eterno’, finalmente passei (com algum fascínio) à tela e ao teclado, numa viagem sem volta”, conta o catarinense, radicado em Curitiba, no posfácio. Ele lembra ainda que “O fotógrafo” foi a primeira ficção após cinco anos dedicados aos estudos acadêmicos
por causa de um doutorado.
“Descolonizando a mente:a política linguística na literatura africana”
• Ngugi wa Thiong’o
• Tradução de Hilton Lima
• Editora Dublinense
• 224 páginas
• R$ 74,90
Após décadas produzindo obras acadêmicas e artísticas em inglês, língua do colonizador de seu país, o escritor e professor universitário queniano Ngugi wa Thiong’o (1938-2025) tomou a decisão de passar a escrever apenas na sua língua nativa. A atitude, para além de política, fez Ngugi voltar à harmonia que vivia quando criança, antes da imposição do uso do inglês no ensino escolar, pois, como acredita, há coisas da vida cotidiana que só podem ser transformadas em palavras na língua nativa de quem as escreve. “Descolonizando a mente”, publicado poucos meses antes do falecimento de Ngugi, retrata como o uso a língua como ferramenta de libertação é fundamental para combatê-lo como ferramenta de opresssão e controle social.
“Fronteiras da cidadania: uma história negra e indígena do Brasil pós-colonial”
• Yuko Miki
• Tradução de Mariângela Nogueira
• Companhia das Letras
• 432 páginas
• R$ 129,90
A expansão das fronteiras do Brasil, da chegada dos colonizadores à independência, foi carregada pelas mãos de indígenas e negros escravizados, mãos de obra forçadas do projeto expansionista. Em “Fronteiras da cidadania”, a historiadora nipo-americana Yuko Miki mostra como grupos étnicos (indígenas, quilombolas e negros libertos) permaneceram personagens ativos na formação das fronteiras territoriais com o fim da colônia, ao passo que construíram noções próprias de cidadania a partir dos embates com o Estado para garantir seus territórios e seu direito à terra. A obra ganhou o prêmio de melhor livro de história da diáspora africana da American Historical Association, em 2019, e o de melhor livro de história brasileira da Conference on Latin American History, no mesmo ano.