OT
Orion Teixeira
Além do fato

Zema deixa ameaças no ar se RRF não for aprovado

A bipolaridade sinaliza que o governo mineiro não está apoiando integralmente o plano alternativo apresentado ao governo federal pelo presidente do Senado federal, Rodrigo Pacheco

Publicidade

Mais lidas

Na manhã da terça (29), o governador Zema enviou ofício ao Ministério da Fazenda solicitando apoio para ganhar prazo no STF de modo a aderir ao plano B como solução alternativa da dívida de Minas. À tarde do mesmo dia, em almoço com a diretoria da Associação Mineira de Municípios, pediu aos prefeitos para pressionar deputados na aprovação de seu projeto de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). E mais, advertiu que, sem a adesão de Minas ao RRF, o estado poderá atrasar salários dos servidores públicos e até repasses para prefeituras.

A bipolaridade sinaliza que o governo mineiro não está apoiando integralmente o plano alternativo apresentado ao governo federal pelo presidente do Senado federal, Rodrigo Pacheco. Ao contrário, pôs até mesmo em desconfiança as reais intenções dessa proposta e de seus autores. Essa foi a única referência feita junto aos prefeitos sobre essa iniciativa, que o deixou otimista, como disse na semana passada, em Brasília, e que ganhou também a simpatia do presidente Lula.

A maior parte de seu discurso aos prefeitos foi dedicada, anteontem, à defesa da adesão de Minas ao RRF. Alertou que, caso não aconteça, as contas do Estado não fecharão e que haverá problemas, como atraso no salário do funcionalismo público, com fornecedores e convênio com prefeituras.

Reafirmou que o RRF não afetou, ao contrário do que dizem, a vida dos servidores dos estados que aderiram e que eles nem se manifestam sobre reajustes e retrocessos. Acabou por colocar ainda a culpa nas altas taxas de juros cobradas pela União, crítica que nunca fez nos quatro anos sob Bolsonaro, pela explosão no crescimento da dívida de Minas.

“É a União cobrando de Minas Gerais, e isso é o que tem feito a dívida explodir. Só de juros são R$ 16 bilhões. E sem amortizar os mais de R$ 160 bilhões que ficaram intocados. Ano que vem, caso não venhamos a aderir à renegociação, vamos ter que desembolsar R$ 18 bilhões. Isso compromete o orçamento totalmente, pois nós não temos esse recurso”, apontou Zema, que nunca pagou, em cinco anos de gestão, um centavo sequer do serviço da dívida.

Anfitrião deselegante

Causou mal-estar os ataques do presidente da OAB Minas, Sergio Leonardo, na segunda (27/11), aos Tribunais Superiores, em especial, a Suprema Corte, diante de milhares de advogados e do presidente do STF, Roberto Barroso. Para delírio dos associados presentes, Leonardo acusou excessos dos magistrados, “que nos causam indignação e merecem nosso veemente repúdio. Nós somos essa voz e essa voz não pode e não será calada”. Perplexo, o convidado de honra ouviu o ataque em silêncio e com a mão direita sobre a testa.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

Tópicos relacionados:

lula minas-gerais rodrigo-pacheco zema

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay