Manifestação das polícias

Policiais prometem fechar Praça Sete em ato por recomposição salarial nesta quinta

Forças de segurança querem recomposição das perdas salariais calculadas em 41,6%. Estão previstas caravanas de todas as regiões do estado

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Policiais promovem nesta quinta-feira (22/2), a partir das 12h, um ato na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, para pressionar o Governo do Estado a recompor as perdas da inflação da categoria, calculadas em 41,6%. O último aumento salarial foi de 10,02%, concedido pelo estado em 2022, depois de uma série de manifestações encabeçadas pelas forças de segurança. “Vamos fechar a Praça Sete”, afirma uma das lideranças do movimento, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL-MG).

Segundo ele, estão vindo caravanas de todas as regiões do estado para o ato, que vai começar na região central da capital e deve percorrer as ruas da capital, em um trajeto que vem sendo mantido em sigilo pelos organizadores. Os policiais querem que o estado recomponha as perdas salariais da categoria, decorrentes de correções abaixo da inflação que, de acordo com as lideranças, somam 41,6%.

Além dessas perdas salariais, o deputado alega que o governo prepara “mais uma maldade, dessa vez contra a Polícia Militar”. Segundo ele, o secretário de Governo, Gustavo Valadares, o informou, na semana passada, que o governador Romeu Zema (Novo) vai enviar ainda este ano para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um projeto de lei estabelecendo uma contribuição de 3,5% para custear a assistência médica da PM e do Corpo de Bombeiros Militar prestada atualmente pelo Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM). Devem participar do ato policiais militares, penais e civis e também bombeiros. As entidades de classe que representam as forças de seguranças estão fazendo convocações por meio das redes sociais e grupos de whatsapp, onde acusam o governador de usar a segurança pública para se autopromover, enquanto desvaloriza salarialmente a categoria. Zema frequentemente tem exaltado as ações das forças de segurança, especialmente a PM, em suas redes sociais.

Em todas essas postagens, policiais têm cobrado do governador a solução para a questão dos salários. O último aumento concedido pelo governo à categoria foi em 2022 , após uma série de manifestações que reuniram milhares de policiais no centro de Belo Horizonte e na Cidade Administrativa, sede do governo. Em 30 dias, entre fevereiro e março, foram quatro atos contra o governo. “O governo nunca nos deu nada sem pressão”, afirma o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Minas Gerais (SIndipol), Wemerson Oliveira, em convocação nas redes sociais.

A categoria também recuperou vídeos da campanha à reeleição do governador, onde ele e seu vice, Mateus Simões (Novo), prometem recompor os salários e criar um grupo de estudos para discutir a situação salarial das polícias. O grupo, de acordo com as entidades, nunca foi criado e não há nenhuma discussão em curso sobre a remuneração dos policiais.

Outro lado
A reportagem procurou o Governo do Estado na semana passada e nesta quarta-feira (21) para falar sobre a recomposição salarial do funcionalismo e das forças de segurança, mas ninguém se manifestou sobre o pedido de entrevista. O secretário de Governo também foi procurado para falar sobre a proposta de taxação do servidor para custear o IPSM, que registrou um rombo de R$ 7 bilhões em função de não repasses desde abril de 2020 para o instituto, mas ele também não respondeu ao pedido de informações.

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