
Gustavo Barbosa, secretário de Fazenda do governo Zema é exonerado
Após cinco anos, Gustavo Barbosa deixa a Secretaria de Fazenda do Governo de Minas Gerais para atuar como assessor em "assuntos estratégicos"
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Siga noO secretário da Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, foi oficialmente exonerado do cargo, nesta terça-feira (27/2), após cinco anos à frente da pasta. A exoneração, a pedido do ex-secretário, foi publicada no Diário Oficial do Estado hoje.
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Ainda na mesma edição, consta a nomeação de Gustavo Barbosa como "Assessor Especial ". Conforme informou a assessoria do Governo de Minas, Barbosa integrará a assessoria do governador Romeu Zema (Novo) e do vice-governador Mateus Simões (Novo) para atuar em "assuntos estratégicos".
Em nota, o governador de Minas Gerais agradeceu os trabalhos do secretário ao longo dos anos. "Barbosa esteve como secretário desde o primeiro dia do meu governo, em 2019. Foi um dos primeiros secretários a serem convidados e confirmados. Aceitou um desafio muito complicado, de iniciar o reequilíbrio das contas públicas em um momento crítico de Minas Gerais, e demonstrou que, com seriedade e trabalho incansável, é possível fazer uma gestão mais eficiente dos recursos", ressaltou o governador se referindo, em especial, ao atraso de salários dos servidores públicos.
RRF
A saída de Barbosa acontece durante a negociação do governador Romeu Zema com o governo federal sobre a dívida de cerca de R$ 160 bilhões de Minas Gerais com a União. O secretário era, inclusive, o responsável por parte da negociação.
Gustavo Barbosa chegou ao Governo de Minas no primeiro dia de mandato do governador Romeu Zema, com o objetivo principal de aprovar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) em Minas Gerais, algo similar ao que ele já tinha feito no Rio de Janeiro.
O ex-secretário é réu em uma ação civil pública sob acusação de ter causado um rombo de R$ 912 milhões aos cofres do Rioprevidência, fundo de previdência dos servidores do Rio de Janeiro, do qual foi diretor-presidente por seis anos.
O prejuízo ocorreu na operação de antecipação de royalties feita para a enfrentar a crise financeira do Governo do Rio de Janeiro durante a gestão Luiz Fernando Pezão (MDB). Além do ex-secretário, o ex-governador e o BB Securities, que assessorou a operação, também são réus na ação. A Justiça determinou há uma semana o bloqueio de bens dos réus.