O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em Campo do Meio, no Sul de Minas Gerais, nesta sexta-feira (7/3), para realizar a entrega de lotes ao grupo. Durante seu discurso, o petista comentou a alta no preço dos alimentos, ressaltando que o governo está preocupado, mas está trabalhando para encontrar uma solução.
Lula ainda brincou com seus apoiadores sobre a necessidade de tornar o preço da carne mais acessível. “Amanhã é sábado, quem é que não gosta de comer um churrasquinho? Um pedacinho de carne com uma cervejinha gelada. Então é preciso baratear a carne. Nós estamos trabalhando muito para manter a inflação controlada”, disse.
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O presidente lembrou da época de hiperinflação, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 80% ao mês, em meados da década de 1990. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada chegou em 4,56%. Em janeiro, o IPCA fechou em 0,16%, um dos menores percentuais para o período.
“Eu recebi meu pagamento e tinha que correr no supermercado, porque o meu dinheiro ia desvalorizar. Hoje nós temos a inflação controlada, mas queremos baixar, porque a inflação alta, quem perde é o povo trabalhador. É aquele que trabalha de salário”, ressaltou Lula.
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Nessa quinta-feira (6/3), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) anunciou uma série de medidas com o objetivo de baratear o preço dos alimentos. O principal ponto do governo federal foi zerar a alíquota de importação de uma série de produtos, como carne, milho e café, visando aumentar a competição no mercado nacional.
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Em seu discurso, Lula não descartou tomar “medidas drásticas para contornar a situação”. "A gente não quer brigar com ninguém, queremos encontrar uma solução pacífica. Mas se a gente não encontrar, vamos ter que tomar uma atitude mais drástica, porque o que interessa é levar a comida barata para mesa do povo brasileiro", bradou o presidente antes de ouvir aplausos da plateia.