O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), tomou posse nesta segunda-feira (10/3) dizendo ter obsessão por reduzir o tempo de espera para atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS). O problema foi uma das principais críticas de parlamentares, governadores e prefeitos à gestão da ex-ministra Nísia Trindade.

"Em todos os dias, vou trabalhar para buscar o maior acesso e o menor tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Não há solução mágica para um gargalo que ultrapassa décadas e que se agravou com a pandemia e o descaso do governo anterior”, disse o petista.

O ministro também pretende revisar a tabela do SUS, responsável pela remuneração dos serviços na rede privada e conveniada ao sistema público. Segundo Padilha, os valores da tabela não incentivam a redução das filas.

“Sei que a tabela do SUS, da forma como remunera os serviços hoje, não acabará com a peregrinação do nosso povo. Teremos a coragem e a sabedoria necessárias para enterrar esse modelo e construir um novo. Começaremos essa renovação pelos serviços que geram mais tempo de espera, teremos um novo modelo de remuneração, pagaremos mais e melhor para que o atendimento especializado aconteça no tempo correto”, afirmou.

O discurso do petista reforça a aposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no programa “Mais Acesso a Especialistas”, que promete encurtar o tempo para consultas e exames especializados em oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Padilha retorna ao Ministério da Saúde, pasta que chefiou entre 2011 e 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT), no momento em que Lula tenta reverter a queda de popularidade. A pasta também foi alvo de cobiça dos partidos do Centrão, em especial pelo seu Orçamento e visibilidade das ações pelo interior.

compartilhe