O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) protocolou, nesse sábado (3/5), uma representação junto à presidência da Câmara dos Deputados solicitando, em caráter de urgência, a busca e apreensão de armas de fogo no gabinete do deputado Delegado Caveira (PL-PA). O pedido se baseia denúncias de que Caveira teria entrado na Casa Legislativa com um fuzil calibre 5.56mm e uma pistola calibre .40, levando o armamento para seu local de trabalho e exibindo-o a assessores e visitantes.
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O documento cita que o próprio Delegado Caveira admitiu portar os armamentos, justificando a ação por se sentir "alvo de ameaças" e por ser "policial civil licenciado". Contudo, Correia contesta essa justificativa, afirmando que mesmo parlamentares policiais não estão isentos das regras específicas da Casa e que a entrada armada sem autorização expressa e registro prévio configura infração disciplinar e potencial contravenção.
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Além da busca e apreensão cautelar das armas pela Polícia Legislativa, Rogério Correia pede que o caso seja imediatamente comunicado à Corregedoria Parlamentar para apuração de infração administrativa ou disciplinar, e solicita ainda a remessa dos autos ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e a extração de cópias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) para apuração de eventual crime.
Ao Estado de Minas, o petista afirmou que a "bancada da bala" estaria "cada vez mais violenta". "Qualquer dia um deles tira a vida de alguém que queira debater ideias", disse.
Delegado Caveira foi procurado pela reportagem e ainda não comentou o caso. A Câmara dos Deputados também não se pronunciou até a publicação deste texto. A matéria será atualizada caso ambos se posicionem.