O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) era um “alvo de interesse” de um grupo criminoso que espionava e planejava assassinar parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quarta-feira (28/5), a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão contra o grupo que intitulava “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”.

Segundo revelado pelo blog da jornalista Daniela Lima, do g1, Pacheco é mencionado nas anotações do grupo. Investigadores ressaltam que só a análise completa do material vai esclarecer como funcionava o monitoramento e o motivo da perseguição ao senador mineiro.

As informações foram obtidas em documentos encontrados pela PF durante a investigação sobre o suposto esquema de venda de decisões judiciais em tribunais do Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em nota, Pacheco repudiou a ação dos criminosos e disse que o Brasil não é “uma terra sem lei”.

“Externo meu repúdio em razão da gravidade que representa à democracia a intimidação a autoridades no Brasil, com a descoberta de um grupo criminoso, conforme investigação da Polícia Federal, que espiona, ameaça e constrange, como se o país fosse uma terra sem leis. Que as autoridades competentes façam prevalecer a lei, a ordem e a competente investigação sobre esse fato estarrecedor trazido à luz”, disse.

De acordo com as investigações, o monitoramento do grupo criminoso possuía uma tabela de preço. Autoridades consideradas “figuras normais” custavam R$ 50 mil, enquanto o valor do monitoramento de ministros do Supremo era R$ 250 mil.

Por determinação do ministro Cristiano Zanin, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, quatro mandados de monitoramento eletrônico, além de seis mandados de busca e apreensão no Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

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Os investigados também foram submetidos a medidas cautelares como recolhimento domiciliar noturno, recolhimento de passaportes e proibição de contato.

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