DISPUTA À DIREITA

Simões negocia desistência de candidatura de Cleitinho ao governo de Minas

Vice-governador quer unificar campo da direita na eleição de 2026 e conta com relação próxima com senador para convencê-lo a não se lançar na disputa

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Pouco mais de um ano separa o brasileiro de seu novo encontro com as urnas e as projeções da disputa eleitoral já dominam o imaginário dos políticos. Em Minas, o vice-governador Mateus Simões (Novo) será o candidato da situação ao Executivo Estadual e já começou as tratativas nos bastidores para se tornar o nome mais forte da direita no pleito. Durante um café da manhã com jornalistas nesta segunda-feira (23/6), ele ressaltou sua proximidade com o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e se mostrou confiante sobre a possibilidade do parlamentar não concorrer ao governo mineiro para apoiá-lo.

Na conversa com representantes da imprensa, Simões fez uma longa explanação sobre sua visão acerca das peças no atual tabuleiro eleitoral em Minas Gerais. Ele pleiteia uma unificação à direita e, para isso, disse que tenta dissuadir Cleitinho de uma empreitada pelo Executivo. “Meu momento é melhor que o dele, até porque, não tenho outra opção”, disse o vice-governador.

Simões é o candidato natural para suceder Romeu Zema (Novo) após dois mandatos. Cleitinho completará em 2026 a primeira metade de seus oito anos no Senado. Na argumentação do vice-governador, ele está em uma posição mais delicada para se manter vivo no jogo político e pretende apostar todas as fichas em sua candidatura ao Executivo Estadual.

Para exemplificar como ele se enxerga no cenário atual, Simões usou uma teoria elaborada pelo economista americano Thomas Schelling. Na metáfora criada por Schelling, uma disputa é simbolizada por dois motoristas guiando carros em rota de colisão, o primeiro a desviar do caminho para evitar a batida é considerado o perdedor do jogo. 

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Neste cenário, se um dos condutores arranca o volante do veículo e o atira pela janela, está sinalizando que não pretende mudar de direção e cabe apenas a seu oponente fazer um movimento que evite a colisão. Simões seria o motorista que arrancou o volante enquanto Cleitinho mantém as mãos na direção.

Cleitinho lidera todas as pesquisas de intenção de voto ao governo de Minas, ainda que elas revelem um cenário de disputa incipiente. Nos últimos meses, porém, o senador tem demonstrado uma perda de interesse em participar da disputa. Segundo Simões, ele e o parlamentar estão próximos de um entendimento sobre a construção de uma rede de apoio para o vice-governador em 2026.

Ainda no campo da direita há a possibilidade do lançamento de um nome mais associado ao bolsonarismo na disputa. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) é um dos cotados, mas ainda sem uma sinalização formal de que concorrerá ao governo. Simões ainda citou outros políticos que podem compor uma articulação pensando no Senado ou no cargo de vice-governador. Os deputados federais, Domingos Sávio (PL) e Eros Biondini (PL), o empresário Alex Diniz e o secretário de Governo de Zema, Marcelo Aro (PP) foram lembrados na conversa com jornalistas.

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