O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira (9/6) ter recebido do major Rafael de Oliveira, que integra o grupo militar conhecido como "Kids Pretos", um documento para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, fosse monitorado.
O documento detalhava gastos com hospedagem, alimentação e passagem aérea para cinco ou seis pessoas para Brasília.
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O tenente-coronel afirmou, durante o interrogatório dos acusados de fazer parte do núcleo crucial para tentativa de golpe de Estado, que, dias depois, em uma espécie de caixa de vinho, o general Braga Netto lhe entregou uma quantia em dinheiro que foi repassada ao major De Oliveira.
Cid afirmou que não havia sido informado do plano "Punhal Verde e Amarelo", que planejava a prisão ou o assassinato do ministro Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Ele afirmou que tomou ciência por meio da imprensa.
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Ao ter firmado um acordo de delação premiada, Cid foi o primeiro dos interrogados. Acompanharam as falas os outros acusados, como o ex-presidente Bolsonaro; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, e outros.