O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) negou que sua viagem a Israel, interrompida após o início dos bombardeios no país, tenha tido caráter turístico. Em coletiva concedida no Aeroporto Internacional de Confins, nesta quarta-feira (18/6), ele afirmou que a missão oficial estava sendo organizada havia semanas e que contava com prefeitos de diversas capitais brasileiras e de outros países.
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“A nossa ida a Israel, a convite do governo de Israel, já era uma viagem programada há um mês, sendo trabalhada para que pudéssemos ir. Ninguém estava lá a passeio”, afirmou. “Mesmo com mais de 50 países presentes, não era dessa vez que a gente ia passear. Estávamos todos a trabalho.”
A agenda previa discussões sobre segurança pública municipal, tecnologia, gestão urbana e parcerias internacionais. Segundo Damião, estavam presentes gestores de cidades brasileiras como Belo Horizonte, Divinópolis, Uberlândia, João Pessoa, Goiânia e Porto Alegre — além de representantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Guatemala, Colômbia e Panamá.
“Fomos para eventos em Tel Aviv. Lá, falamos sobre segurança pública municipal, estratégias. Em Kfar Saba, por exemplo, vimos que há poucos policiais nas ruas, porque o sistema de câmeras é muito eficaz", contou o prefeito.
Escalada do conflito pegou comitiva de surpresa
De acordo com Damião, a delegação brasileira já estava em território israelense quando surgiram as primeiras informações sobre bombardeios. “Infelizmente, chegamos ao país em uma situação e, de repente, veio a informação de que o país estava entrando em guerra.”
“Ninguém saiu do Brasil sabendo que isso ia acontecer”, reforçou. “Se soubéssemos da guerra, ninguém teria ido", disse. “Não me arrependo, mas não iria hoje”, seguiu.
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A missão foi interrompida após o agravamento do conflito, e os prefeitos brasileiros retornaram ao país em grupos diferentes, por rotas alternativas. Parte da delegação deixou Israel por terra, via Jordânia.