Bolsonaro grita, esbraveja e xinga durante entrevista ao falar sobre golpe
Ex-presidente Jair Bolsonaro já se mostrou indignado com a possibilidade de ser condenado a 43 anos de prisão pelos crimes dos quais é acusado
compartilhe
Siga noO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu o controle durante uma entrevista nesta quarta-feira (16/7) e passou a gritar, esbravejar e xingar as pessoas responsáveis por julgá-lo.
O Bolsonaro foi dar entrevista, quase chorando pra CNN, no meio dela surtou, começou a gritar e xingar. Tiveram que interromper e encerrar. Ele está em pânico com medo da cadeia!pic.twitter.com/UsaO3H2vjZ
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) July 16, 2025
"Agora querem me prender por tentativa de golpe? Que golpe, porra?! Sem tropa, sem armas, sem Forças Armadas, com coitados nas ruas, mulheres grávidas, idosas presas, 17 anos de cadeia. Uma covardia o que fazem com essas pessoas. Querem agora justificar me prendendo com 43 anos de cadeia. Será que essas pessoas que estão me julgando não têm o mínimo de consciência?", disse na CNN Brasil, enquanto o apresentador tentava interromper as falas do político.
Leia Mais
Bolsonaro vem afirmando estar indignado com a possibilidade de ser condenado a 43 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. O próprio ex-presidente já admitiu que se reuniu com os chefes das Forças Armadas para estudar uma forma de não transferir o poder ao então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
- Bolsonaro se indigna: 'Querem me condenar a 43 anos de cadeia por isso?'
- Bolsonaro agora terá que escolher entre o Pix e Donald Trump
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta semana, que o político seja condenado por cinco crimes, o que pode resultar em até 43 anos de prisão: liderar organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
Pessoas ligadas a Bolsonaro, que também estão sendo julgadas, chegaram a organizar uma ação com apoio de alguns militares, que previa a prisão ou o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
Entre os documentos apreendidos com os ex-ministros Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), foram encontrados uma minuta de golpe e até um discurso que seria lido após a ação.