Zema não participará de reunião em Brasília sobre tarifaço dos EUA
Governador será representado pela secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa
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Siga noO governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não participará da reunião marcada para esta quarta-feira (30/7), em Brasília, entre o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e chefes de Executivos estaduais para discutir os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras.
Minas é um dos estados mais afetados pela medida. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) estima que as novas tarifas podem causar uma perda de até R$ 6,7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) mineiro a curto prazo, com potencial de chegar a R$ 21,5 bilhões em até 10 anos. Entre os setores mais prejudicados, estão a siderurgia e o agronegócio, especialmente a produção de café.
Apesar da ausência, Zema garantiu que o estado será representado no encontro. Quem participará da reunião em nome de Minas será a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa. Segundo o governador, a decisão se deu por conflitos de agenda.
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“A reunião vai ser amanhã cedo. Foi marcada um pouco em cima da hora. Já tenho compromissos em Belo Horizonte que não consigo alterar”, disse Zema ao portal UOL na terça-feira (29/7). “Me informaram que não é possível eu estar, neste momento, indo a Brasília.”
A medida dos Estados Unidos, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump, deve entrar em vigor em agosto. A repercussão política ganhou força nas últimas semanas, sobretudo após declarações de Zema defendendo que a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser considerada nas negociações com o governo norte-americano.
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Em entrevista recente, o governador disse que “um dos motivos da retaliação americana está muito claro”, atribuindo o gesto à condução da política externa do governo Lula (PT) e à situação jurídica de Bolsonaro.