O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), disse que os ataques sofridos por Fuad Noman durante o segundo turno das eleições e que foram alvo nesta terça (7/7) de denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) abalaram demais o político, que faleceu em março deste ano, depois de ter sido reeleito chefe do executivo da capital. “Dos muitos ataques que a gente sofreu, e foram muitos, aqueles foram os mais tristes”, afirma Damião, que assumiu o comando da prefeitura após a morte de Fuad.
Durante a campanha do ano passado pelo comando da Prefeitura de Belo Horizonte, Fuad foi alvo de ataques por causa de seus livros de ficção. O então prefeito foi acusado pelo adversário, o deputado estadual Bruno Engler (PL) e sua vice, coronel Cláudia Romualdo (PL), e também pelos seus aliados, deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e Delegada Sheila (PL), de incitar, por meio de suas obras de ficção, violência sexual e pedofilia.
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Ambos foram denunciados nesta terça-feira pelo MPE pela prática de crimes eleitorais durante o segundo turno das eleições para a PBH.
“Ele ficou muito sentido. Se alguém quer saber se aquilo abalou o Fuad, abalou. Abalou ele e a família dele aquela história que inventaram aos 44 do segundo tempo para tentar ganhar a disputa que já estava perdida para eles”, afirmou o prefeito ao comentar a denúncia feita pelo MPE.
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Ela afirma que Engler e aliados disseminaram intencionalmente informações que sabiam ser inverídicas, por meio de uma “campanha sistemática de desinformação, que explorava trechos descontextualizados de obra literária de autoria do candidato e também falsa imputação de responsabilidade por suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio durante um festival internacional de quadrinhos organizado pela prefeitura”.
O propósito dos denunciados, segundo o MPMG, era desqualificar o candidato e angariar vantagem eleitoral no segundo turno.
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Os crimes de divulgação de fatos sabidamente inverídicos e difamação ocorreram nos últimos dias de campanha eleitoral por meio de rádio, televisão, internet e redes sociais, o que potencializou a disseminação da desinformação e das ofensas, afirma o MPE. Nikolas, de acordo com o MPE, se recusou a cumprir uma ordem judicial de remoção de postagens ofensivas, incorrendo em crime de desobediência.