Suplente de vereador do PL na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o advogado Victor Lucchesi firmou acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE) para não ser denunciado por crimes de divulgação de fake news e difamação contra Fuad Noman durante a campanha eleitoral para o comando da capital em 2024.

Lucchesi foi acusado, juntamente com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o deputado estadual Bruno Engler (PL), de fazer "campanha sistemática de desinformação" contra Fuad. Engler disputou o segundo turno das eleições contra Fuad, que foi reeleito, mas faleceu cerca de cinco meses depois.

Engler e Nikolas foram denunciados, assim como a deputada estadual Delegada Sheila, presidente do PL Mulher em Minas Gerais, e a coronel Cláudia Romualdo (PL), vice de Engler, e podem ter seus direitos políticos cassados.

No acordo, Lucchesi se comprometeu a renunciar ao direito de candidatar-se a qualquer cargo eletivo nas próximas eleições e a pagar indenização por danos morais de R$ 31,5 mil, destinada a uma entidade de interesse social. Ele também deverá publicar retratação formal em seu perfil no Instagram, reconhecendo o caráter desinformativo de sua publicação. De acordo com o MPE, ele confessou formalmente a autoria de um vídeo contra Fuad e o caráter desinformativo e descontextualizado do conteúdo.

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Segundo o MPE, no acordo, Lucchesi admite ainda os crimes eleitorais de divulgação de fatos sabidamente inverídicos, calúnia e difamação com fins de propaganda eleitoral. Para ser validado, o acordo depende de homologação pela Justiça.

Em nota, Victor Lucchesi, disse que, "nos últimos meses venho trabalhando em silêncio para reconstruir pontes com a atual gestão do Prefeito Álvaro Damião e deixar para trás o clima “bélico” que marcou o período eleitoral. O ambiente político, por vezes, nos leva ao limite da retórica — mas, passado o calor das disputas, o que deve prevalecer é o compromisso com a paz, o diálogo e a boa convivência democrática".

Ele também comentou sobre o acordo realizado com o MPE. "Foi com esse espírito que optei por firmar um Acordo de Não Persecução Penal com o Ministério Público Eleitoral. Jamais cometi qualquer crime. Jamais desrespeitei as instituições. Sei o peso de um processo criminal — sobretudo para quem tem uma vida pública limpa, pautada pela responsabilidade e pela confiança que recebi nas urnas de 2782 cidadãos de boa índole de Belo Horizonte. Enfrentar um processo longo e desgastante por palavras ditas num momento de agressividade me pareceu excessivo e, por isso, aceitei a solução legal prevista", concluiu.

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