A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), defendeu nesta terça-feira (8/7), durante audiência pública da Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização (CMO), tributação para quem recebe rendas altas e afirmou que, se essa posição for de esquerda, ela terá que se considerar de esquerda.

"Não precisa de muito dinheiro para pagar 22% de tudo que se ganha. Basta ganhar R$ 4 mil por mês, um pouco a mais que isso líquido, para ter todo mês descontado", explicou a emedebista.

A ministra ainda ressaltou que sempre que os governos precisam mexer (nas alíquotas), nunca se atinge os mais ricos, mas sim os mais pobres. A medida, segundo ela, vista garantir maior igualdade no tratamento tributário, evitando que, enquanto os que recebem valores por volta dos R$ 4 mil e pagam 22%, os que recebem R$ 50 mil, R$ 100 mil não pagam imposto ou pagam cerca de 3%, 4%.

"Não é justo que quem ganhe mais de R$ 50 mil, R$ 60 mil de renda, não é propriedade, outros benefícios temporários, não é indenização, não pague pelo menos 10%", afirmou.

O governo federal vem articulando para isentar de imposto de renda quem recebe até R$ 5 mil mensais, com aumento escalonado até quem receba R$ 7 mil. A estimativa é que a medida beneficie 10 milhões de pessoas.

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Para buscar diminuir a discrepância entre os mais pobres e os que têm renda acima de R$ 600 mil por ano, o governo federal quer tributar em 10% esse grupo que, em muitos casos, paga cerca de 3% a 4%, o que deve afetar mais de 140 mil pessoas.

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