O Partido dos Trabalhadores (PT) em Minas Gerais realizou neste domingo (12/7) as eleições para definir o comando dos diretórios no estado, na capital e no interior. O pleito ocorreu com uma semana de atraso em relação às eleições nacionais, devido a disputas internas entre candidaturas.
O nome oficial de quem deve assumir a legenda no estado será divulgado apenas amanhã, mas a apuração começou hoje, logo após o encerramento da votação, às 17h. Caso nenhum candidato à direção estadual obtenha mais da metade dos votos, será realizado segundo turno. As novas direções nos municípios devem ser conhecidas ainda neste domingo.
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O partido não soube informar o quórum das eleições em todo o estado, nem em quantos municípios a disputa é realizada.
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Para o comando da legenda no estado, estão no páreo a vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputada estadual Leninha, o professor Juanito Vieira e o advogado Esdras Juvenal Queiroz.
Em “nome da unidade”, a deputada federal Dandara Tonantzin se retirou da disputa. Seu nome foi impugnado por atraso na contribuição partidária, e ela chegou a recorrer à Justiça para poder concorrer, onde obteve uma liminar, derrubada posteriormente.
Devido a essa disputa, as eleições, marcadas para o domingo passado, foram suspensas e acabaram sendo realizadas somente hoje. Os filiados do partido também votaram nos candidatos à presidência da legenda. Apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o novo presidente nacional, Edinho Santos, ex-prefeito de Araraquara (interior de São Paulo), foi eleito no dia 5 de julho com 73,48% dos votos.
No entanto, o resultado da eleição tardia em Minas Gerais pode ajudar a decidir quem será o segundo vice-presidente nacional da legenda. A disputa está entre o paulista Rui Falcão e o mineiro Romênio Pereira, que concorreram com Edinho, mas, no resultado final, ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugares.
Pereira, que acompanhou as eleições na sede do partido na capital, disse que as disputas são normais e destacou o fato de “não existir nenhum partido no mundo que tenha um processo de escolha da direção tão democrático como o PT”. Segundo ele, que faz parte da atual gestão nacional da legenda, são cerca de 3 milhões de filiados em todo o país, o que “naturalmente” causa divergências.
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O presidente do PT em Belo Horizonte, Guima Jardim, que disputa a reeleição contra Robson Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintect-MG), também minimizou as disputas internas e disse que elas duram somente até o “dia da votação”. De acordo com ele, o pleito ocorreu com “absoluta tranquilidade” nos 35 locais de votação na capital.