O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (15/7), estar indignado com as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pede sua condenação por tentativa de golpe de Estado. As penas pelos crimes dos quais o político é acusado podem chegar a 43 anos de prisão.
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"Eu estou indignado (com as alegações finais da PGR) [...] Que acusação é essa? Que fumaça é essa? Querem me condenar a 43 anos de cadeia por isso? Não houve nem tentativa, nem cogitação de nada", disse Bolsonaro em entrevista a CNN Brasil.
A PGR afirmou que Bolsonaro era o "principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos" para realização do golpe de Estado e que ele "figura como líder da organização criminosa denunciada".
Bolsonaro é réu por cinco crimes: liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.
Mesmo tendo admitido, durante os depoimentos, que se reuniu com representantes das Forças Armadas para estudar a possibilidade de não transferir o poder ao então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente afirmou que a Polícia Federal (PF) colocou "palavras em sua boca" e que a proposta de anistia total e irrestrita não tem a intenção de beneficiá-lo pessoalmente.
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Além de Bolsonaro, o núcleo 1 da trama de tentativa de golpe de Estado inclui também os ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Augusto Heleno (GSI); o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); o ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto (PL); o almirante Almir Garnier; e o ex-ajudante de ordens do presidente, Mauro Cid.