TARIFAÇO

Haddad diz que ação da extrema direita cancelou reunião com Tesouro dos EUA

Ministro da Fazenda relacionou ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA com cancelamento de reunião marcada para quarta-feira

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a reunião do governo federal com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos marcada para a próxima quarta-feira (13/8) foi cancelada após articulação de forças de extrema-direita no país norte-americano.

Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (11/8), o petista disse também que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou a atuar nos bastidores para minar o encontro desde que ele foi anunciado.

Haddad afirmou que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entrou no circuito para negociar medidas de mitigação para o anúncio da sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. A reunião com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, chegou a ser marcada, mas foi cancelada por ‘falta de agenda’, segundo o brasileiro.

Durante a entrevista, Haddad afirmou que o cancelamento se deu pela falta de argumentos econômicos relacionados ao tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil e pela ação de figuras políticas brasileiras que operam nos Estados Unidos para viabilizar punições a autoridades do país sul-americano. 

"A militância antidiplomática dessas forças de extrema direita que atuam junto à Casa Branca teve conhecimento da minha fala, agiu junto a alguns assessores, e a reunião virtual que seria na quarta-feira foi desmarcada", disse Haddad", afirmou Haddad.

Em outro momento, Haddad disse que Eduardo Bolsonaro anunciou publicamente para evitar tratativas diretas entre membros do governo brasileiro e do americano. Para o ministro da Fazenda, os fatos estão relacionados.

"Eduardo publicamente deu uma entrevista que ia procurar inibir esse tipo de contato entre os dois governos. E, depois disso, aconteceu o episódio (da reunião cancelada). Depois da entrevista dele, de que agiria contra os interesses do país. Não há como não relacionar uma coisa à outra. Não há coincidência nesse tipo de coisa", disse o brasileiro.

O que Eduardo Bolsonaro faz nos Estados Unidos?

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deputado federal por São Paulo, Eduardo está nos Estados Unidos desde abril. Ao lado de Paulo Figueiredo, o parlamentar, de forma anunciada, trabalha para viabilizar medidas como a remissão de vistos de autoridades brasileiras e a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).



Tanto no anúncio como no decreto que colocou o tarifaço em vigor com uma lista de mais de 700 itens fora da medida, o governo americano fez referências a Jair Bolsonaro como um perseguido pelo Poder Judiciário do Brasil e pediu pelo fim das investigações em que o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado. Trump também faz referência às medidas de controle das redes sociais, tratadas como tentativas de cercear a liberdade de expressão das big techs americanas.

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