Trump defende Bolsonaro: 'Sou bom em avaliar pessoas: ele é honesto'
Desde que anunciou a aplicação das tarifas aos produtos brasileiros, presidente dos EUA vem defendendo Bolsonaro
compartilhe
Siga noO presidente dos Estados Unidos Donald Trump saiu em defesa do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (14/8), durante uma entrevista coletiva na Casa Branca.
Leia Mais
"Eu conheço esse homem e vou lhe dizer - eu sou bom em avaliar pessoas: acho que ele é um homem honesto. Acho que o que fizeram é uma coisa... Isso é realmente uma execução política que estão tentando fazer com o Bolsonaro", afirmou o americano, usando como base uma suposta percepção sensorial sobre as pessoas.
Trump também reclamou das leis brasileiras que podem levar um ex-presidente à prisão, apesar de não mencionar. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e outras quatro acusações. Junto a outros membros do primeiro escalão de seu governo e militares.
Esta não é a primeira vez em que o presidente americano sai em defesa de Bolsonaro alegando um certo dom sensitivo. Ao anunciar a aplicação de tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros importados ao país, Trump afirmou que o ex-presidente "ama o povo brasileiro" e que ele "não é um homem desonesto".
“O presidente Bolsonaro é um bom homem. Conheci muitos primeiros-ministros, presidentes, reis e rainhas, e sei que sou muito bom nisso. O presidente Bolsonaro não é um homem desonesto. Ele ama o povo brasileiro. Ele lutou muito pelo povo brasileiro. (...) Não é que ele seja meu amigo. Ele é alguém que eu conheço. Sei que ele representa milhões de brasileiros, são ótimas pessoas, ele ama o país e lutou muito por essas pessoas. E eles querem prendê-lo. Acho que isso é uma caça às bruxas e acho muito lamentável”, afirmou à época.
Como está a negociação do Brasil com os EUA?
Após o anuncio das tarifas aos produtos nacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) montou um grupo junto a empresários, liderado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSDB), para tentar negociar com os Estados Unidos uma revisão das taxas.
O governo americano, durante a aplicação das tarifas, criticou as investigações em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro; um suposto desequilíbrio na balança comercial entre os países, que é superavitária para Washington desde 2009; e as decisões judiciais que envolvem as empresas americanas de tecnologia.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
Recentemente, o ministro da Fazenda Fernando Haddad tinha uma reunião marcada com o Secretário de Tesouro americano, mas a agenda foi desmarcada e, segundo o brasileiro, não foi remarcada devido à falta de posição dos estrangeiros. Haddad responsabilizou o ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vem trabalhando para aplicar sanções ao Brasil e aos líderes dos três poderes e para derrubar as tentativas do governo federal de negociar as tarifas.