LEGISLATIVO

Deputados criticam venda de prédio da Emater pelo governo Zema

Ex-líder do Executivo, Carlos Henrique diz que a sede da empresa em BH foi incluída posteriormente na lista de imóveis usados para abater dívida com a União

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O deputado estadual Carlos Henrique (Republicanos) criticou, nesta terça-feira, a decisão do governo do estado de colocar à venda o prédio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). O parlamentar, que já foi líder do governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa, disse que tenta falar com o vice-governador Mateus Simões (Novo) sobre a venda, mas não foi atendido pelo político, que comanda as negociações envolvendo a disponibilização de ativos do estado para abatimento da dívida mineira com a União.

A decisão de vender o prédio também desagradou a outro aliado do governo, o deputado Coronel Henrique (PL). Ele lembrou a importância da entidades para a produção rural do estado e também fez apelo ao vice-governador para que o imóvel não seja vendido.

Segundo Carlos Henrique, o prédio da Emater-MG, situado na Avenida Raja Gabaglia, na Zona Oeste de Belo Horizonte, teria entrado na lista de imóveis a serem vendidos ou entregues para o governo federal, em maio, no âmbito do Programa de PLeno Pagamento de Dívidas do Estado (Propag) para abater parte dos débito de cerca de R$ 170 bilhões com a União.

A relação enviada à Assembleia Legislativa continha 343 imóveis a serem vendidos ou federalizadosão e incluiu, por exemplo, a sede do Palácio das Artes, o Hospital Risoleta Neves, a Cidade Administrativa, escolas e edificações que abrigam órgãos públicos. Constavam também 17 imóveis da Emater no interior do estado, mas não a sede em BH.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Extensão Rural Mineira (Sinter), o prédio já foi vistoriado por desembargadores e técnicos da Justiça Federal. A entidade também é contrária à venda e chegou a fazer um protesto na sede da Emater contra a entrega do imóvel.


Patrimônio

“O imóvel tem muito mais do que valor patrimonial. Trata-se da identidade institucional, história de mais de quatro décadas, de valor imaterial incalculável. Berço de inúmeras políticas públicas eficazes, projetos transformadores e orientações técnicas inovadoras que fortalecem a agricultura familiar, garantindo segurança alimentar, gerando desenvolvimento em centenas de municípios e transformando a realidade de agricultores e agricultoras de todos os cantos de Minas”, afirma entidade em nota enviada aos trabalhadores.

Carlos Henrique fez um apelo da tribuna da Assembleia para que o imóvel não seja vendido. “É um atropelo do estado, que faz uma negociação sem consultar nenhum dos seus servidores. Isso não se faz. Não se faz pelo histórico, pela história e pela importância da Emater e desse conjunto que pertence à empresa”, afirma o deputado. Segundo ele, nem os parlamentares aliados e nem os servidores foram comunicados pelo governo dessa decisão. O parlamentar disse que a intenção da Justiça Federal de adquirir o prédio já foi oficializada por escrito para o comando da Emater-MG.

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A reportagem procurou o governo do estado, que não respondeu ao pedido de informações. Também procurada, a Emater-MG orientou a reportagem a ouvir o Executivo estadual, já que a condução das tratativas envolvendo o Propag são de responsabilidade do governo.

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