O governador Romeu Zema (Novo) criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tarde desta segunda-feira (4/8). O texto, que impõe novas sanções ao investigado, foi determinado após descumprimento da medida cautelar que proibia o ex-mandatário de veicular conteúdos nas redes sociais. 

No X, antigo Twitter, o chefe do executivo mineiro afirmou que o despacho se trata de uma “perseguição política” e que retrata um “capítulo sombrio” na história. Ele ainda prestou sua solidariedade aos familiares de Jair. “Alexandre de Moraes agora colocou Bolsonaro em prisão domiciliar por ter sua voz ouvida nas redes. É a democracia do silêncio. A democracia do medo”, escreveu Zema. 

Moraes afirma que Bolsonaro utilizou os perfis de seus filhos nas redes sociais com conteúdo de ataques ao STF e apoio à interferência estrangeira no Judiciário brasileiro. Com a medida, Jair Bolsonaro passa a não poder mais sair de casa. Antes, apesar da tornozeleira e da restrição de circulação durante a noite, o ex-presidente podia participar de reuniões e eventos políticos durante o dia.

Mais restrições

A determinação da prisão domiciliar de Bolsonaro é acompanhada por outras decisões de restrição ao ex-presidente. Ele não poderá receber visitas sem uma autorização prévia da Justiça, com exceção dos advogados que o representam no processo.

Além disso, durante as visitas autorizadas é proibido utilizar celulares, tirar fotos ou gravar vídeos. A decisão do STF também prevê a busca e apreensão de quaisquer aparelhos celulares em posse do ex-presidente.

O descumprimento das medidas elencadas por Moraes implicará na decretação de prisão preventiva, segundo determinado na decisão expedida nesta segunda-feira (4/8).

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Leia a íntegra da decisão da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro:

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