O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) se irritou e pegou o repórter Guga Noblat, do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), pelo pescoço após o entrevistador recordar a briga que terminou, segundo a Justiça de São Paulo, com o suicídio da então namorada Priscila Delgado Barrios.
Antes do entrevero, Noblat afirmou que os políticos bolsonaristas estão ficando com fama de traidores da pátria por apoiarem as tarifas e sanções aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A declaração irritou o parlamentar, que acusou o repórter de adular o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Nesse momento, o entrevistador reclamou de ter sido empurrado, o que deixou o parlamentar ainda mais irritado.
"Você sabe que nunca vou brigar com você. Se você faz o que faz com mulher, imagina o que ia fazer comigo", disse Noblat, quando Bilynskyj o segurou pelo pescoço e começou a questioná-lo aos gritos sobre o que ele fazia com mulher.
Em 2020, o então delegado discutiu com sua namorada Priscila, de 27 anos, segundo ele, por ciúmes, e que ela teria disparado seis vezes contra ele e depois se matado.
Os tiros atingiram dedo, perna e abdômen do agora político, que foi internado em estado grave. Sua namorada teve um tiro na altura do peito, na região lateral do corpo.
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Bilynskyj e outros deputados bolsonaristas vêm, desde ontem, atuando para paralisar as atividades no Congresso. Eles exigem que sejam rejeitados os textos que anistiam os envolvidos na tentativa de golpe de Estado — tanto os militantes detidos em 8 de janeiro quanto os idealizadores, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), membros do primeiro escalão da gestão Bolsonaro e militares — e também o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.