O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi questionado, nessa quarta-feira (13/8), sobre os impactos do tarifaço dos Estados Unidos aos produtos brasileiros, e afirmou que a “liberdade vale mais do que a economia". Segundo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o país mereceu a sobretaxa de 50% imposta sobre os produtos exportados aos EUA por ser, na sua visão, “uma ditadura”.

"Eu não estou preocupado com cálculo eleitoral ou se isso vai aumentar ou diminuir a popularidade. Eu estou preocupado com a liberdade do meu país e a liberdade vem antes da economia. Vale a pena lutar. A nossa liberdade vale mais do que a economia", disse em entrevista à BBC News Brasil.

O parlamentar mora nos EUA desde março para articular sanções do governo Donald Trump contra autoridades brasileiras, específicamente o ministro Alexandre de Moraes e os demais membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já estão “na mira” dos americanos.

"Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição (de sanções). O que eu sei é o seguinte: eles estão no radar, e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil e sabem que, por exemplo, o processo de anistia depende de ser iniciado pela mesa do presidente Hugo Motta”, disse.

Eduardo Bolsonaro condicionou para os dois parlamentares se livrarem de uma possível aplicação da Lei Magnitsky à votação do que a oposição chama de “pacote da paz”: projetos que envolvem anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, impeachment de Moraes e o fim do foro privilegiado.

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Ainda de acordo com o filho 03 de Bolsonaro, ele fez a “humilde sugestão” para que os EUA sancionem a esposa do ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ela é o “braço financeiro” do magistrado.  Alexandre de Moraes disse "que não há qualquer tipo de negociação”.

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